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26 de julho de 2024

Acidentes com moto vão passar de 900 até dezembro


Por Mariana Czerwonka Publicado 07/10/2012 às 03h00 Atualizado 09/11/2022 às 00h02
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Um Estado ocupado por motos onde o número de acidentes fatais, segundo o Departamento de Trânsito do Pará (Detran), cresce a taxas alarmantes de quase 20% ao ano. O número de vítimas, segundo levantamento do departamento, pulou de 378 em 2008 para quase 770 em 2011 e deve chegar a, aproximadamente, 924 até o final deste ano.

Imprudência e desrespeito às leis de trânsito são os principais responsáveis por obrigar o Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), a aumentar em quase 113% o repasse de verbas destinadas ao tratamento de acidentados no Brasil: de R$ 45 milhões, em 2008, para R$ 96 milhões no último ano. O secretário de Saúde Pública do Estado, Hélio Franco, dá o parecer sobre o assunto: “É uma epidemia”. Ano passado, a Sespa (Secretaria Estadual de Saúde Pública) investiu 20 milhões no tratamento de vítimas de acidentes envolvendo motocicletas.

De acordo com Hélio Franco, o Estado gasta por mês R$ 500 mil apenas no transporte de pacientes com traumatismo, a maioria proveniente de acidentes com motos. “É um problema previdenciário, econômico e para as famílias. Muitos acidentados ganham direito a aposentadoria por invalidez, de saúde e familiar. Eles ficam incapacitados e não podem mais trabalhar. A moto, por si só, não é um problema, o problema é quem monta em cima dela”, explica o secretário. O secretário também diz que o acesso a cirurgias eletivas e leitos de UTI são alguns dos serviços prejudicados por conta do grande número de acidentados ocupando vagas na rede pública. “O Hospital Metropolitano, por exemplo, dispõe de 196 leitos. Estão todos ocupados. 90% deles por vítimas de acidentes, sendo que 80% são acidentados que estavam em cima de uma moto.

O ideal para um hospital operar com qualidade é que no máximo 85% dos leitos estejam sendo utilizados”, revela o secretário de Saúde. De acordo com Hélio Franco, a Sespa, em parceria com o Detran, mantém ativo o programa “Vida no Trânsito” que visa contornar através da educação a cultura que gera tantos acidentes. Para o secretário, quadro é motivado por imprudência, negligência e imperícia.

Frota

Segundo o coordenador de planejamento do Detran, Carlos Valente, Belém, Ananindeua e Barcarena são as únicas exceções. Nas demais cidades paraenses, a frota de motocicletas já supera a de carros. Em alguns municípios, o número de motos corresponde a 90% dos veículos.

Um estudo produzido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (Inct), através do Observatório das Metrópoles, revela que a frota de motocicletas em Belém aumentou quase dez vezes em dez anos: de 13.969 em 2001 para 112.905 em 2011, um crescimento relativo de 708%, fazendo da capital paraense líder do ranking nacional. “Até o final do ano, o crescimento já deve ter ultrapassado 90.000 novas motos nas ruas”, revela o coordenador de planejamento do Detran.

Fonte: Diário do Pará

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