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09 de novembro de 2024

Número de bikes para empréstimo em SP crescerá 57% em 2013


Por Talita Inaba Publicado 17/12/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h54
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O paulistano terá à sua disposição 142 estações de empréstimo de bicicletas no início do próximo ano. Serão ao menos 1.440 magrelas para pedalar de graça, um crescimento de 57% em relação à frota disponível atualmente. A expansão será puxada pelo início do terceiro sistema de empréstimo, patrocinado pelo Bradesco Seguros. Serão 20 estações instaladas próximas aos 108 km de ciclofaixas, que também são patrocinadas pela empresa.

Haverá pontos no parques Villa Lobos, Ibirapuera e do Povo, praça Panamericana, av. Paulista e Roberto Marinho, USP e Jockey Club, entre outros locais. Cada estação terá ao menos dez bikes, mas a empresa estuda ampliar a quantidade. Ainda não há data definida para a inauguração. O serviço será gratuito nos primeiros 30 minutos. Depois será cobrada taxa de R$ 5 a cada 30 minutos. O preço é o mesmo do Bike Sampa, patrocinado pelo Itaú, que estreou em maio. Hoje são 65 estações, mas o número deve chegar a cem, com mil bicicletas no total, até o início de 2013. O planejamento prevê mais mil bikes em 2013 e mil em 2014. Também é possível fazer empréstimos nos 22 pontos do Nossa Bike, organizado pelo Instituto Parada Vital desde 2009. São 240 bicicletas disponíveis em 17 estações do metrô e quatro terminais de ônibus.

A primeira hora é gratuita, depois são cobrados R$ 2 por cada hora adicional. Outras empresas também já mostraram interesse em patrocinar sistemas de empréstimo de bicicletas, como AES Eletropaulo e Ambev. A população de São Paulo poderá alugar bicicletas de forma gratuita em vários pontos espalhados pela cidade.

TRANSPORTE

Para Irineu Gnecco Filho, diretor de planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os sistemas de compartilhamento incentivam o uso da bicicleta como meio de transporte. “Aliada a outros meios de transporte, como ônibus e metrô, ela é uma alternativa ao uso do carro”, diz. Ele afirma também que a expansão da rede mostra ser possível que as vias de São Paulo sejam compartilhadas por carros e bicicletas, já que “nunca conseguiríamos construir uma quantidade de vias segregadas do tamanho que a cidade precisa”. A solução, para ele, passa pelas ciclofaixas (quando não há separação física da pista) e ciclorrotas (circuito com sinalização nas ruas). As estações do Bike Sampa, por exemplo, só foram implantas após um estudo que mapeou o uso da bicicleta nas regiões que ganhariam estações e propôs a criação de ciclorrotas. A preocupação com a segurança vai além: são feitas reuniões com cicloativistas e motoristas de ônibus, por exemplo, e existe até um seguro para o ciclista contra acidentes –que nunca precisou ser usado. Apesar dos avanços, as mortes de ciclistas em acidentes não caíram. Segundo a CET, o índice está estabilizado em cerca de 50 ao ano.

INTEGRAÇÃO

Cicloativistas criticam a falta de integração do novo sistema, já que, segundo a prefeitura, o projeto do Bradesco não será integrado ao do Itaú -ou seja, as bikes só poderão ser retiradas e devolvidas em estações do mesmo sistema. “Qualquer iniciativa é bem vinda. Mas o ideal é que a tecnologia usada na gestão seja a mesma, para permitir integração e para que esse projeto possa ser assumido por outros no futuro, até pela própria prefeitura, sem que se perca qualidade”, diz Cicero Araujo, diretor de Relações Institucionais do Itaú. A CET diz que, por enquanto, não existe nenhuma proposta de integração. Os contratos com as empresas vencem em 2015. Eles poderão ser renovados nos moldes atuais, mas há quem defenda uma licitação unificada. Gnecco Filho, da CET, diz que a prefeitura trabalha com parcerias e que não existe nenhum estudo nesse sentido. Outra crítica é em relação ao tempo gratuito dos empréstimos. “Isso precisa ser modificado. No meu trabalho não chego em 30 minutos”, diz Henrique Santana, 26.

Outros usuários do Bike Sampa também reclamam dos 15 minutos necessários entre a devolução da bike e um novo empréstimo gratuito. Prefeitura e empresas dizem o período gratuito é menor para estimular a rotatividade do sistema e promover a bicicleta como meio de transporte. “Não temos, na nossa plataforma, o lazer. Queremos que a cidade fique mais vazia de carros, que as pessoas possam circular com mais tranquilidade de bicicleta”, diz Araujo, do Itaú. As estações do Bike Sampa têm distância entre 500 e 900 metros. “O objetivo é que a bike seja usada em pequenos deslocamentos”, diz Angelo Leite, presidente da Serttel, que opera o sistema.

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