Mulher: elas são mais cuidadosas e se envolvem menos em acidentes
No Dia Internacional da Mulher, elas têm muito que comemorar: independência financeira, sucesso na carreira conciliando com a maternidade e também o fato de serem boas motoristas. É o que dizem as estatísticas.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 42.844 brasileiros foram vítimas fatais no trânsito do país em 2010, com 5.250 mortes a mais que em 2009, quando foram registrados 37.594 óbitos.
Em 2013, as principais vítimas de acidentes de trânsito indenizados pelo Seguro DPVAT foram homens, somando 76%. Quando observada a faixa etária, a maior incidência de pagamentos foi para vítimas entre 18 e 34 anos (50,9%) predominantemente para o sexo masculino (40%).
O menor índice das mulheres nas estatísticas de trânsito também é levado em conta pelas empresas seguradoras de veículos. Uma mulher casada, com mais de 30 anos, chega a pagar 20% a menos de seguro que um homem nas mesmas condições.
Segundo Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional, o fato de a mulher ser mais cuidadosa tem muitas explicações, inclusive culturais. “Elas começaram a dirigir com mais cautela já que as ruas eram tidas como um ambiente tipicamente masculino. Além disso, elas têm o instinto materno que, no trânsito, se manifesta como um maior cuidado para evitar acidentes e proteger a vida”, afirma.
Mariano diz que o preconceito com a mulher no trânsito ainda é grande. “As pessoas não sabem, mas muitas mulheres participam dos bastidores da organização do trânsito, como diretoras de ensino, instrutoras em Centros de Formação de Condutores, e em decisões estratégicas, educacionais e de organização nos órgãos que administram o trânsito nas cidades e rodovias”, complementa.
O especialista dá dicas para que elas não se tornem objeto de crítica. “É preciso se interessar e cuidar da manutenção do veículo, trocar o óleo, não deixar acabar o combustível e inclusive calibrar os pneus. São atitudes simples, mas que fazem a diferença para aumentar a segurança e para evitar os principais motivos de crítica masculina”, conclui.