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07 de outubro de 2024

Na viagem de férias, não esqueça da segurança da criançada!


Por Mariana Czerwonka Publicado 08/07/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h48
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Segurança das criançasAs férias são esperadas por toda a família. Momento de relaxar, não pensar em problemas, espairecer. Porém, mesmo nesses momentos de descanso, não podemos esquecer da segurança das crianças, inclusive no carro durante a viagem.

O transporte de crianças é regulamentado no Brasil pela Res.277/08, que estabeleceu a obrigatoriedade de uso de dispositivo de retenção adequado para a idade da criança. Para quem não obedece, a viagem pode acabar no posto policial, pois é proibido seguir viagem sem respeitar a legislação, isso além de receber uma multa de R$ 191,54. Mas lembre-se: nesse caso, a multa não é o mais importante. O uso do sistema de retenção adequado e corretamente instalado reduz em até 75% as mortes e em até 90% as lesões em caso de acidente.

Todos sabem que devem utilizar cadeirinhas, mas poucos sabem os motivos dessa obrigatoriedade.  As crianças são mais frágeis do que os adultos e o cinto de segurança não foi projetado para proteger indivíduos menores de 1,45 m. Por esse motivo, para prevenir lesões em crianças, é necessário utilizar o cinto de segurança e um equipamento adequado ao peso, altura e idade da criança, além de homologado por órgãos nacionais ou internacionais de qualidade.

Lesões mais comuns

As lesões mais comuns em crianças de até dois anos, em caso de acidente, são no pescoço. Isso acontece devido ao tamanho da cabeça do bebê e a fragilidade da coluna vertebral.

Entre os dois e quatro anos, as lesões mais comuns são na cabeça. As vértebras dos pequenos não são fortes o suficiente para suportar as desacelerações bruscas que acontecem em caso de acidente.

Já entre os quatro e dez anos, as lesões mais comuns são no abdômen. As crianças têm maior risco de lesão abdominal e hemorragia interna, porque os órgãos ainda não estão suficientemente fixados à sua estrutura abdominal, como nos adultos.

Normas

As normas brasileiras recomendam o tipo de dispositivo conforme a idade da criança, mas como explicado anteriormente, o mais importante não é não levar a multa e sim prezar pela segurança dos pequenos, e por esse motivo o Portal do Trânsito alerta que existem mais aspectos que devem ser levados em consideração, como peso e altura da criança.

De 0 a 13 Kg, ou desde o primeiro dia de vida no trânsito até aproximadamente um ano de idade, o dispositivo adequado é o Bebê Conforto.  Este equipamento deve ser instalado de costas para o movimento do veículo.

Já para crianças de 09 Kg a 18 Kg, com idade de 01 a 04 anos aproximadamente, o dispositivo adequado é a cadeirinha. Para os maiores, a partir de 15 Kg até 36 Kg, deve ser utilizado o assento de elevação. Os pais devem ficar atentos, pois a criança precisa desse equipamento até atingir 1,45 m e estar preparada para usar apenas o cinto de segurança do carro.

Todos os sistemas de retenção vendidos no Brasil estão adequados para instalação apenas no cinto de três pontos dos veículos.

Regras que valem uma vida

Quando se trata da segurança dos filhos, mais do que respeitar a lei, é preciso estar atento a algumas regras que o Portal do Trânsito separou e que podem valer uma vida no trânsito.

Certificação, peso e altura

Não adianta apenas usar o dispositivo de retenção, ele deve ser certificado, instalado corretamente e de acordo com peso e altura da criança. Todas as informações necessárias são encontradas no Manual que vem junto com o equipamento.

De costas para o movimento

Se o bebê completou um ano, mas ainda não tem peso suficiente, fique atento. É possível continuar utilizando o equipamento de costas para o movimento até ele atingir o peso indicado no manual do fabricante. É mais seguro.

Altura

O cinto de segurança foi projetado para pessoas com mais de 1,45 m de altura. Por esse motivo, independente da idade da criança, é importante a utilização do assento de elevação até ela atingir essa marca.

Trajetos curtos

Mesmo em trajetos curtos ou quando estiver chegando ao seu destino, não dispense o uso da cadeirinha. Segundo pesquisas, a maioria dos acidentes ocorre nesse contexto.

Exemplo

Conforme o dito popular, um exemplo vale mais do que mil palavras. Os pais e demais passageiros devem sempre utilizar o cinto de segurança, mesmo no banco de trás.

Depois de ler tudo isso, você não tem mais desculpa para colocar em risco o que você tem de mais precioso, a vida do seu filho.

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