Peritos alertam para cuidados que podem evitar atropelamentos
O aumento do número de veículos e de pessoas nas cidades, a falta de atenção e de cuidado vem incrementando um índice nada positivo: o de atropelamentos.
Segundo dados do projeto Vida no Trânsito e do Comitê de Análise de Acidentes de Trânsito, 144 pessoas morreram atropeladas em Curitiba no primeiro semestre de 2012 e 321 em todo o ano de 2011. O número de 2012, por exemplo, é mais do que 10 vezes maior do que o índice de pessoas que morreram em decorrência de latrocínio (roubo seguido de morte) – 13 – no mesmo período.
Um dado divulgado pelo Comitê de Análise de Acidentes Fatais do Projeto Vida no Trânsito ainda revela que dos pedestres que morreram atropelados em Curitiba em todo o ano de 2012, aproximadamente 13% haviam bebido. O dado mostra que o comportamento do pedestre interfere bastante nas estatísticas e contribuem para a incidência de atropelamentos.
Pensando nisso, o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná listou alguns cuidados fundamentais para evitar os atropelamentos. Segundo os peritos do Instituto de Criminalística do Paraná, dentre os diversos tipos de acidentes envolvendo veículos automotores, o mais letal, sem dúvida, é o atropelamento.
Confira as dicas:
– Procure sempre atravessar as vias em locais apropriados, com faixas e semáforos para pedestres, em trajetória reta e perpendicular à calçada. O cuidado deve ser redobrado com as crianças. Segure-as sempre pela mão para realizar a travessia e ao aguardar o momento certo para atravessar, deixe-as sempre afastadas do meio-fio;
– Atravesse a via com calma, sempre andando e nunca correndo. Correr ao atravessar a via aumenta as chances de ocorrerem quedas e, consequentemente, as chances de ser atropelado;
– Em locais onde existam semáforos para pedestres, não atravesse a via quando o mesmo indicar que vai fechar. Muitos motoristas aproveitam essa condição de abertura imediata do semáforo para veículos, não respeitando os pedestres que atravessam a via e gerando assim situações de risco;
– Onde não existe local apropriado para travessia, procure trechos que garantam a visibilidade. Lembre-se: se você pode ver o veículo, o motorista pode ver você também. Os “pontos cegos” que devem ser observados e evitados são veículos estacionados, vegetação, curvas, placas de sinalização e desníveis;
– Evitar ao máximo utilizar roupas de cores escuras quando caminhar em período noturno. O contraste entre o pedestre e o meio em que transita fica muito reduzido, dificultando a visibilidade por conta do motorista e consequentemente diminuindo seu tempo de percepção/reação a situações de risco;
– À noite, procure locais onde exista iluminação pública artificial eficiente para realizar a travessia de vias, ou até mesmo para realizar sua caminhada noturna;
– Em situações de desembarque de ônibus, aguarde o coletivo deixar o local para realizar a travessia. As dimensões destes veículos diminuem expressivamente a visibilidade entre pedestres e motoristas.
Com informações da Assessoria de Imprensa