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Preço das passagens de ônibus gera protestos no Brasil


Por Talita Inaba Publicado 12/06/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h37
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O preço da passagem de ônibus voltou a ser motivo de discussão em outras capitais brasileiras que enfrentam protestos e greves de motoristas e cobradores. No Rio, a confusão foi na segunda (10) à noite. A manifestação terminou em confusão no Centro da cidade. O confronto deixou marcas na igreja da Antiga Sé, onde duas janelas foram quebradas. A passeata começou pacífica pelo Centro do Rio. Uma das avenidas ficou fechada por uma hora. Perto do Tribunal de Justiça, o início do tumulto. Homens do Batalhão de Choque avançaram em direção aos manifestantes. Alguns revidaram com pedras. No meio da confusão, um Policial Militar foi atingido. Um PM bateu em manifestante com um cassetete. Policiais ainda usaram bombas de efeito moral. Um advogado disse ter sido confundido com um manifestante quando caminhava pelo Centro da cidade. “Eu estava passando junto com um cliente e começou o tumulto. De repente veio um policial truculento e me deu uma cacetada por trás e abriu minha cabeça”, conta Ralph Lichotti. Estudantes reclamaram que houve excesso da Polícia Militar. “Em todo ato que junta cem pessoas eles botam spray, tudo quanto é tipo arma não-letal para dispersar a galera”, afirma o estudante Tiago Feliciano. Em nota, a corporação informou que utilizou bombas de efeito moral para garantir o direito de ir e vir da população e conter o vandalismo. O Centro Cultural Banco do Brasil acabou pichado. Uma igreja e um ponto de ônibus foram depredados. Comerciantes, com medo, fecharam as portas. “É muita bagunça, eles quebrando tudo, querendo botar fogo em carro”, diz um homem. Ao todo, 31 jovens foram levados para a delegacia. Nove são menores. Sávio Spaner, de 18 anos, foi preso em flagrante por dano ao patrimônio público. Segundo a polícia, o universitário quebrou a moto de um PM. Ele pagou fiança e foi liberado. Segundo o delegado, os outros 30 jovens detidos foram ouvidos e liberados. A polícia quer analisar as imagens de câmeras de segurança de alguns prédios do Centro do Rio para identificar se esses jovens cometeram algum crime durante o protesto. Em Florianópolis, a greve dos motoristas e cobradores continua. Os trabalhadores decidiram descumprir a decisão da Justiça de manter a frota na rua. Este é o segundo dia em que nenhum ônibus circula em Florianópolis. A greve deixa 400 mil pessoas sem transporte coletivo. Motoristas e cobradores ignoraram a determinação da Justiça de manter 100% da frota em circulação nos horários de pico e 50% no resto do dia. A Justiça do Trabalho vai cobrar multa de R$ 100 mil por dia caso a determinação de frota mínima não seja cumprida. Motoristas e cobradores querem a redução da jornada de trabalho e ganho real de 5% no salário. As empresas oferecem a metade. A prefeitura afirmou que não vai aceitar aumento no preço das passagens. Em Goiânia, a notícia era para ser boa. A Justiça determinou que a partir desta terça (11) a tarifa de ônibus fosse reduzida, mas a ordem não foi cumprida. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos alega que ainda não recebeu a notificação para voltar ao valor de R$ 2,70, cobrado antes do reajuste de 11%, que elevou a tarifa para R$ 3. A Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão. O juiz entendeu que o aumento foi abusivo e que o cálculo deve ser refeito com base também na desoneração do PIS/Cofins. Desde que foi anunciado, no dia 22 de maio, o aumento foi bastante questionado pela população, pelo Ministério Público e pelos órgãos de defesa do consumidor. Foi o Procon, inclusive, que entrou com a ação na Justiça. Estudantes fizeram vários protestos e, em pelo menos um deles, houve violência e até confronto com a polícia. Fonte: Globo.com

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