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04 de outubro de 2024

Quase metade das mortes de crianças em Minas é no trânsito


Por Talita Inaba Publicado 27/09/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h28
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Quase metade das mortes não naturais de crianças entre 4 e 9 anos em Minas Gerais são provocadas por acidentes de trânsito. Isso é o que mostra um estudo divulgado recentemente pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Das 767 mortes registradas nesta faixa etária entre 2005 a 2010, 365 foram no trânsito. A maioria delas foi causada por atropelamentos.

Os dados foram coletados pela enfermeira Helena Serpa em sua dissertação de mestrado. “O objetivo da pesquisa foi identificar as causas de mortes que poderiam ser evitadas, e a violência no trânsito foi uma das principais”, explica a pesquisadora. Os acidentes automobilísticos foram, na verdade, os principais vilões nos óbitos de crianças em três das cinco faixa etárias analisadas – entre 1 e 4 anos (33,2%); entre 4 e 9 anos (47%) e entre 10 e 14 (37,8%).

No caso dos meninos e meninas entre 4 e 9 anos, a maioria dos acidentes de trânsito foram atropelamentos. Das 365 vítimas, 119 se encaixam nesse perfil (32%). O segundo tipo de acidente que mais matou foi aquele em que as crianças eram ocupantes de veículos – foram 99 (27%).

Interior. “Uma curiosidade é que a maioria dos casos de mortes de criança no trânsito ocorre nas cidades do interior. A gente acredita que esse fenômeno esteja ligado à falta de campanhas educativas nessas áreas, mas também associado às estradas que não contam com passarelas e que estão em mal estado de conservação. Tudo isso aumenta as chances de acidentes fatais”, analisa Helena.

O professor do departamento de engenharia de transporte da UFMG, Ronaldo Gouveia, credita o alto número de atropelamentos de crianças à falta de fiscalização e de campanhas educativas. “Quase no Estado inteiro não se respeita a faixa de pedestres e quase ninguém é multado. É preciso uma campanha educativa e maior fiscalização que faça os motoristas entenderem que o pedestre tem prioridade total”, critica Gouveia. Ele destaca ainda que as crianças são mais vulneráveis que os adultos, já que elas não têm uma noção exata dos riscos.

Outra medida que poderia reduzir as mortes de crianças no trânsito é o uso da cadeirinha nos veículos. Como a pesquisa usou dados até 2010, não chegou a medir a eficácia da lei da cadeirinha – ela entrou em vigor em setembro de 2010 e obriga os motorista a transportarem crianças no equipamento adequado, sob pena de multa de R$ 191,54.

Fonte: O Tempo.com.br

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