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07 de outubro de 2024

Quase metade das rodovias brasileiras são ruins ou péssimas


Por Talita Inaba Publicado 09/01/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h52
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Dirigir na estrada requer atenção redobrada. Isso porque a velocidade que se imprime na rodovia é maior que em trechos urbanos e o tempo de resposta que o motorista deve ter é muito menor. Distrações e falhas cometidas pelos condutores aliadas ao mau estado de algumas vias podem acarretar acidentes.

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias 2012, aponta que quase 50% das rodovias são classificadas como ruins e péssimas. De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal, no período de 21 a 25 de dezembro, indica que foram registrados 3.027 acidentes nas rodovias federais, o que resultou em 222 mortes.

Para o chefe de comunicação nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Moreno, as três maiores causas de acidentes nas rodovias são a negligência somada à imprudência e à imperícia, que juntas respondem por 90% das ocorrências. Más condições das vias (6%) e falhas mecânicas (4%) são outros dois fatores.

Entre os tipos de acidentes, as colisões frontais são uma das mais graves e tendem a resultar em mortes. “Esse tipo de acidente ocorre quando o veículo invade a contramão, quando há perda de controle do veículo ou cansaço do motorista”, explica Moreno.

Para evitar desastres ou minimizar as consequências em casos inevitáveis, é preciso reconhecer as três principais falhas humanas e tentar modificá-las.

Negligência: descaso, displicência. Atender ao telefone enquanto dirige, não usar cinto de segurança ou trafegar com pneu desgastado são alguns exemplos por parte do motorista. Do órgão responsável pela via, a negligência pode ser verificada quando a empresa deixa de fazer a conservação, manutenção ou reparo do pavimento e/ou sinalização.

Imprudência: atitude precipitada, sem levar em consideração a cautela. Entre os exemplos estão o desrespeito aos limites de velocidade, consumo de bebida alcoólica ao conduzir, avanço de sinal, entre outros.

Imperícia: falta de habilidade, ausência de qualificação técnica (teórica e/ou prática) para dirigir, proveniente de treinamento inadequado do condutor. Nesse caso, o motorista não está capacitado para usar determinado tipo de veículo, tem reações impróprias diante de situações adversas ou não sabe como proceder em caso de emergência.

Simulador de direção será obrigatório

Uma das alternativas apontadas para o futuro motorista que vai encarar o desafio de dirigir em rodovia é o simulador de direção. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) concedeu o prazo de até 30 de junho de 2013 para as autoescolas se adaptarem à inclusão de cinco horas de aula simuladas.

Para a gerente de comunicação da Perkons, empresa especializada em tecnologia para segurança e gestão integrada de tráfego, Maria Amélia, o assunto merece atenção. “Nos simuladores não há risco real do aumento da velocidade, que chega a 110 Km/h. Além disso, é necessário aumentar o tempo nos aparelhos e ter especificadas todas as condições que devem ser experimentadas pelo aluno, em especial nas áreas rurais. Considerar apenas condições climáticas, de luminosidade (dia e noite) e da intensidade do tráfego não é suficiente”, ressalta.

Saber como agir em situações de interrupção inesperada da via, como queda de cargas de caminhões, desvio de buracos, animais e pedestres na pista, ultrapassagens, curvas com problemas de traçado, aquaplanagem, entre outras ocorrências, também é fundamental para quem quer se livrar de acidentes.

Fonte: Tribuna Hoje

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