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08 de novembro de 2024

Vítimas de acidente devem ficar atentos a atravessadores


Por Mariana Czerwonka Publicado 08/05/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h40
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Seguro DPVAT é um direito de quem sofre acidentes em veículos. Liberação do benefício não precisa de intermediadores

Vítimas de acidentes de trânsito em Imperatriz, no Maranhão, estão sendo procuradas por pessoas que se oferecem para liberar o pagamento do seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). O risco de ser lesado nessa operação é grande.

Todo proprietário de veículo é obrigado a pagar o seguro DPVAT, que faz parte do licenciamento anual. As motocicletas, por exemplo, que oferecem um risco maior de acidentes, pagam R$ 279.

Para outros tipos de veículos, o valor do seguro varia de acordo com a marca e o modelo, mas nunca é inferior a R$ 105. No ano passado, o país arrecadou mais de R$ 7,5 bilhões com o pagamento do seguro.

Metade de todo o dinheiro arrecadado deve ser aplicado em melhorias da infraestrutura viária. A outra metade é destinada ao pagamento de indenizações para vítimas de acidentes em três situações: acidente com morte, cujo valor é de até R$13,5 mil; invalidez permanente, também até R$ 13,5 mil; devolução de despesas médicas e com medicamentos, até R$ 2,7 mil. Os dados são da seguradora Líder.

Somente nos quatro primeiros meses deste ano aconteceram 888 acidentes em Imperatriz, com 14 mortes e mais de 1.000 vítimas com ferimentos ou fraturas.

São tantos acidentes no país, que o governo federal criou uma seguradora para administrar o pagamento de indenizações e evitar fraudes. Por falta de informação, muitas pessoas recorrem a atravessadores correndo o risco de serem lesadas.

Os atravessadores costumam oferecer vantagens para dar entrar no processo do seguro DPVAT, mas cobram de 20% a 30% do dinheiro a que a pessoa tem direito. Uma prática ilegal, que pode ser considerada estelionato.

José Erisvaldo Madeira quebrou a perna num acidente de moto em João Lisboa. Ainda nem se recuperou e já foi procurado por um atravessador para dar entrada no seguro.

“Cobraram 20% e disseram que se eu contratasse uma advogado ia levar mais tempo para resolver. Afirmaram também que eles resolvem mais rápido”, disse a vítima.

O que pouca gente sabe é que existe em Imperatriz um representante da seguradora oficial do DPVAT que não cobra nenhum centavo para dar entrada no processo.

O representante da seguradora oficial do DPVAT denuncia que existe uma rede de atravessadores e que as vítimas raramente são informadas de que o processo é gratuito. “O problema já começa no Socorrão, na Delegacia, no IML. Isso é uma sequência, que prejudica a população”, explicou Marcelo Ventura, representante da Seguradora Líder.

Fonte: G1 Notícias

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