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Volvo apresenta caminhão movido a GNL


Por Mariana Czerwonka Publicado 12/06/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h37
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Modelo importado da Suécia vem sendo testado desde fevereiro pela White Martins substitui até 75% do diesel por gás natural liquefeito

A Volvo apresentou em Paulínia (SP), o primeiro caminhão movido a GNL (Gás Natural Liquefeito) e a diesel do Brasil. O veículo está sendo testado no País desde fevereiro deste ano. “Esta é uma tecnologia viável. Os primeiros caminhões movidos a GNL fabricados pela Volvo já estão circulando com sucesso na Europa e nos Estados Unidos. O gás liquefeito é uma importante alternativa para os atuais combustíveis”, afirmou o diretor de estratégia de caminhões do grupo Volvo América Latina, Sérgio Gomes.

O caminhão, que está rodando no interior de São Paulo, é um FM 460cv importado da Suécia movido com aproximadamente 70% GNL e o restante a diesel. Os testes estão sendo realizados pela White Martins, empresa líder na produção e comercialização de gases industriais e medicinais e a primeira a liquefazer o gás natural por meio do consórcio formado com a Petrobras, que resultou na criação da GásLocal.

“Os resultados dos primeiros testes mostraram um excelente índice de substituição do diesel pelo GNL nas condições de estrada em que está rodando, com topografia ondulada”, afirma Gomes. O caminhão circula 580 quilômetros por viagem, em um trajeto de ida e volta de Paulínea a Avaré (SP). O veículo roda carregado com 15 toneladas de Gás Natural Liquefeito (GNL) em uma operação real de transporte rodoviário para a distribuição do gás natural que chega à unidade da White Martins, em Paulínia, por meio de gasodutos.

Segundo o gerente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios, Alberto Neumann, a tecnologia com GNL desenvolvida pela Volvo garante uma eficiência entre 30% e 40% maior em comparação a motores convencionais a gás com vela de ignição. “Isso reduz o consumo de combustível em 25%”, afirma.

O modelo possui um tanque de diesel com capacidade para 330 litros e um tanque de GNL com 290 litros. Isso garante ao caminhão uma autonomia de 900 km. Neumann afirma que durante os testes no Brasil, o caminhão permite uma substituição de até 75% do óleo diesel pelo GNL e uma redução de 10% na emissão de CO2 (gás carbônico, principal causador do chamado efeito estufa).

Ainda não há uma previsão de quando o caminhão será lançando comercialmente no Brasil. Segundo Gomes, os testes vão continuar e ainda será necessária a aprovação dos órgãos ambientais, uma vez que o Preconve P7, norma que regulamenta as emissões para veículos pesados novos, estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), não prevê caminhões que rodem com dois tipos de combustíveis. O caminhão já roda comercialmente na Europa, onde circulam três mil veículo do modelo, e também nos Estados Unidos. Nestas regiões também já existe uma rede de abastecimento nas principais rotas de transporte de carga.

O executivo também disse que ainda não é possível afirmar o valor pelo qual o caminhão será vendido no País, por estar em fase de testes. “Mas por agregar nova tecnologia e novos componentes, deverá ter um preço mais elevado”, comentou.

O valor do GNL utilizado pelo caminhão também não foi definido. Segundo o executivo da White Martins, que é a única produtora do GNL no País, Gilney Bastos, isso também só será possível quando o produto estiver sendo utilizado em escala comercial. “Mas será menor do que o preço do diesel”, disse. Ele acredita que a implantação de uma rede de distribuição não será complicada. “Já temos uma rede de outros combustíveis instalada que poderá ser aproveitada”, afirma.

Fonte: Revista Carga Pesada

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