19 de dezembro de 2025

Mudanças na habilitação: proposta limita acesso a veículos e motos de alta potência


Por Mariana Czerwonka Publicado 10/05/2025 às 08h15
Ouvir: 00:00
mudanças na habilitação
A proposta busca combater o alto índice de mortes no trânsito entre jovens adultos, muitas vezes associados à direção imprudente e ao uso de veículos potentes sem a devida experiência. Foto: telas1020@gmail.com para Depositphotos

Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1745/2025, de autoria do deputado Fred Linhares (Republicanos/DF), que propõe mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ele cria regras específicas para a habilitação de condutores de veículos e motocicletas de alta potência. A proposta visa reforçar a segurança viária e reduzir o número de acidentes graves envolvendo esse tipo de automóvel e motocicleta, especialmente entre condutores jovens.

Regras mais rigorosas e mudanças na habilitação de condutores de veículos e motos potentes

O texto define como veículos de alta potência aqueles com motores a partir de 200 cavalos-vapor (cv) e motocicletas com cilindrada igual ou superior a 500 cilindradas (cc). Além, também, de outros modelos que a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) venha a classificar como de alta performance.

Para conduzir esses veículos, o PL estabelece os seguintes requisitos:

  • Idade mínima de 25 anos;
  • CNH válida com histórico de, no mínimo, cinco anos sem infrações graves ou gravíssimas — categoria B para automóveis e categoria A para motocicletas.

O descumprimento dessas exigências acarretaria infração gravíssima, multa triplicada e retenção do veículo até apresentação de condutor habilitado.

Justificativa: segurança viária e redução de mortes

De acordo com o autor, a proposta busca combater o alto índice de mortes no trânsito entre jovens adultos, muitas vezes associados à direção imprudente e ao uso de veículos potentes sem a devida experiência.

A justificativa do PL menciona dados de estudos, como o realizado pela Santa Casa de Franca (SP). Ele identificou que 64% dos óbitos em acidentes automobilísticos envolveram motocicletas e que 21% das vítimas fatais estavam entre 18 e 22 anos de idade. Esta faixa etária é muitas vezes associada à condução de veículos de alta performance.

Para Fred Linhares, o acesso gradativo a esse tipo de veículo, com critérios mais rígidos, pode ser uma ferramenta importante de prevenção de acidentes e mortes prematuras no trânsito.

“Estudos mostram que maturidade emocional e experiência são determinantes para a redução de acidentes letais”, destaca o parlamentar.

Proposta ainda em tramitação

O PL 1745/2025 ainda passará pela análise das comissões competentes da Câmara dos Deputados antes de ir à votação.

Mariana Czerwonka

Meu nome é Mariana, sou formada em jornalismo pela Universidade Tuiuti do Paraná e especialista em Comunicação Empresarial, pela PUC/PR. Desde que comecei a trabalhar, me envolvi com o trânsito, mais especificamente com Educação de Trânsito. Não tem prazer maior no mundo do que trabalhar por um propósito. Posso dizer com orgulho que tenho um grande objetivo: ajudar a salvar vidas! Esse é o meu trabalho. Hoje me sinto um pouco especialista em trânsito, pois já são 11 anos acompanhando diariamente as notícias, as leis, resoluções, e as polêmicas sobre o tema. Sou responsável pelo Portal do Trânsito, um ambiente verdadeiramente integrador de informações, atividades, produtos e serviços na área de trânsito.

2 comentários

  • Carlos Alberto
    09/07/2025 às 22:04

    É mas para motos custom não tem lógica essa lei nem deveria ser aplicada pois são para passear e não para correr ou deita nas curvas,tal lei só deveria valer para motos esportivas de alta cc,e os moto grupos cuntom deveriam se unir para não deixar q sejamos discriminados por quem corre ou faz besteiras no trânsito

  • Milton Bernardes
    29/07/2025 às 18:29

    A maturidade do indivíduo se compoe da formação inicial no seio familiar. Se a família não é “construtiva”, não prepara bons indivíduos. O povo está elegendo aqueles que incorporam a irresponsabilidade e fraqueza na unidade basilar que é a família, mergulhando-a na ignorância destrutiva.
    Não é da conta do Estado ditar como é o que o indivíduo deve possuir, apenas criar as regras de responsabilidade por seus atos .

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *