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Artigo – Meu candidato


Por Artigo Publicado 29/08/2022 às 21h19 Atualizado 08/11/2022 às 21h04
 Tempo de leitura estimado: 00:00

J. Pedro Corrêa comenta sobre a importância de aproveitar a oportunidade para convencer os candidatos das próximas eleições a eleger o trânsito como uma prioridade.

Imagino que você já escolheu seu candidato para as eleições deste ano ou está na fase final da escolha. No meio de tanta polarização e temendo que o clima político deteriore ainda mais, é bom que tenhamos cada vez mais claro quem é, ou quem são, os candidatos que melhor atendem ao leque de expectativas que temos para o futuro imediato do Brasil.

Embora a centralização das tensões seja maior na disputa presidencial, não devemos esquecer os demais postos cujos vencedores vão nos governar pelos próximos anos: senador, deputado federal, governador, deputado estadual ou deputado distrital.

Ao dizer que já tenho candidatos em quem votar, quero incentivá-los a ir pelo mesmo caminho: fazer uma análise nos currículos daqueles que estão disputando seu voto, comparar o empenho de cada um pelas causas que nos são caras, analisar minuciosamente suas carreiras e votar conscienciosamente pelo futuro de sua família e do Brasil. Concordo que, apesar deste ser um discurso bonito, na prática acaba ficando de lado por grande parte da sociedade brasileira. Vejo com clareza que a cada ano temos evoluído na escolha dos candidatos mas ainda estamos longe do ponto ideal.

Não podemos nos permitir a novos erros. Por isto, ainda vejo espaço para lembretes como este.

De minha parte estou firmemente definido a escolher apenas os candidatos que mostram principalmente interesse nas questões do trânsito, notadamente na segurança do trânsito. Já atendi, há algum tempo, para aconselhamentos, alguns candidatos a candidato para discutir mais profundamente o tema e, como era de esperar, a conversa aparentou ter boa aceitação. Agora é que precisamos ver até que ponto o interesse continua real e o assunto permanece na pauta deles durante a campanha.

Vejo que este é o papel que nos cabe. Se não nós, quem por nós? Se deixarmos para que eles, candidatos, escolham por livre e espontânea vontade o que querem falar, sabemos bem o que muito possivelmente vai acontecer. Por isto, é melhor se certificar de que a mensagem foi passada e assimilada. Depois, devemos assumir o compromisso de fiscalizar.

Argumentos para o nosso pleito não nos faltam: temos um trânsito cada vez mais caótico, precisando de arrumação; temos todo tipo de problemas como fluxo complicado e lento por falta de planejamento, sinalização, iluminação, calçadas, policiamento, número inaceitável de sinistros (você sabe quantos morrem ou se ferem no trânsito da sua cidade?), custos destes “acidentes”, mau comportamento de boa parte da sociedade, enfim, a lista é infindável. Tudo isto pode ser consertado ou pelo menos amenizado pelo aparelho governamental e, importantíssimo, a custo relativamente baixo.

Há que ter vontade política.

Assim, não devemos perder a oportunidade de buscar o contato com o candidato, expor nossas ideias e cobrar dele o compromisso de ajudar o trânsito. Talvez a colocação melhor seja fazer com que eles “vistam a camisa do trânsito” porque, convencidos, significará compromisso mais duradouro e mais benéfico para todos os lados.

Perdendo o bonde desta eleição que se aproxima, vamos perder a chance de colocar na berlinda os objetivos da segunda década mundial de trânsito e, aí, vamos amargurar mais 4 anos de lamentos e angustia. E o pior mesmo será continuar sangrando o sistema trânsito que já sofre há tanto tempo.

Temos de entender que trânsito é tema local e nacional, assim como importante, prioritário, que afeta todo mundo. Por isto mesmo pode dar votos a quem tanto precisa deles nesta eleição. Esta é, então, a oportunidade de ouro e por isto não podemos desperdiçá-la. Vamos firme!

* J. Pedro Corrêa é consultor em programas de segurança no trânsito.

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