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45% dos motoristas e cobradores de ônibus têm perda auditiva


Por Talita Inaba Publicado 22/03/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h44
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Levantamento do MPT (Ministério Público do Trabalho) do DF mostra que 45% dos cerca de 15 mil motoristas e cobradores do transporte público do DF apresentam perda auditiva. O motivo é o alto barulho do motor dos ônibus coletivos que circulam na capital federal. Após contantes reclamações da categoria, em 2004, o Ministério Público do Trabalho comecou uma investigação sobre as condições de trabalho dos rodoviários nas 15 empresas de transporte coletivo do DF. Segundo o estudo, devido às más condições de trabalho, os profissionais tambem acabam adquirindo outras doenças, como problemas na coluna, hipertensão arterial, distúrbio do sono, cansaço crônico e, principalmente, ansiedade. O procurador Alessandro Santos de Miranda explica que em 2012, o MPT entrou com ações “praticamente contra todas” as empresas de transporte coletivo do DF. — As ações são justamente para garantir melhorias na saúde e segurança dos motoristas e cobradores de ônibus. Motorista há 18 anos, Hindon Jhonson perdeu 18% da audição do ouvido direito e 15% do ouvido esquerdo. — Às vezes, um passageiro pergunta alguma coisa e eu não entendo o que ele fala. Motor ao lado do motorista A pesquisa mostrou que 98% dos ônibus que transitam no DF têm o motor ao lado do motorista. Além do barulho, o motor tem vibrações e muito calor, o que pode prejudicar ainda mais a saúde dos profissionais, como destaca o MPT. O procurador Alessandro já ajuizou ações contra 11 empresas, solicitando que os ônibus tenham o motor na parte traseira, além de ar condicionado e câmbio automático. — O motor traseiro é fundamental para impedir a emissão de ruídos, calor e vibração. Os motoristas fazem em média cinco mil troca de câmbio por dia. Os rodoviários comecam a apresentar as doenças nos dois ou três primeiros anos de trabalho. Muitos nao aguentam e acabam pedindo demissão. Nos últimos 11 anos, quase cinco mil pediram licenca do trabalho e ficaram mais de dois milhoes de dias sem trabalhar. Um prejuízo de R$ 27 milhões para a Previdência Social. Para o diretor de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Jesus de Oliveira, os exames periódicos constatam a perda crescente de audição dos profissionais: — Alguns dos companheiros estão afastados por problemas auditivos e outros já até aposentaram por invalidez. Fonte: R7.com

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