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Álcool estava presente no sangue de 37% dos condutores mortos em acidentes em 2019


Por Assessoria de Imprensa Publicado 31/12/2020 às 16h15 Atualizado 08/11/2022 às 21h37
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Estudo do Detran/RS cruzou dados da SSP nos registros de trânsito com testes de alcoolemia realizados pelo IGP.

BafômetroDirigir alcoolizado é crime de trânsito, com pena de seis meses a três anos de prisão, agravada em casos de acidentes com morte. Foto: Divulgação Detran/RS

Levantamento realizado pelo Detran/RS a partir do cruzamento de dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre acidentes de trânsito com morte em 2019 e a base de resultados dos testes de alcoolemia feitos pelo Instituto-Geral de Perícia (IGP) revelou um cenário alarmante no Estado. O estudo identificou que 37% das vítimas (232) que estavam na direção do veículo tinham álcool no sangue no momento do acidente.

O Detran/RS analisou dados de 624 condutores mortos em acidentes, entre motoristas de veículos quatro rodas e motociclistas, excluindo-se caroneiros, pedestres, ciclistas, carroceiros – o conjunto de vítimas para as quais foi realizado teste de alcoolemia pelo IGP chega a 1.026, em 955 acidentes fatais.

Foto: Divulgação – Detran/RS

O percentual de mortos com presença de álcool no sangue foi maior entre motoristas de veículos de quatro rodas, chegando a 41% (142) de um total de 348 vítimas. Entre os 276 motociclistas mortos e testados, o percentual de alcoolemia foi de 33% (90).

Observou-se presença predominante de homens entre os condutores mortos com álcool no sangue, com proporção que chega a 97% (225) do total. Nos acidentes em que não havia álcool envolvido, os homens representaram 79% das vítimas. Jovens entre 21 e 39 anos têm o maior percentual de alcoolizados entre os mortos em acidentes, chegando a 54%, índice também elevado, já que nos acidentes sem a presença de álcool eles foram 37%.

Foto: Divulgação- Detran/RS

Tipos de acidentes

O estudo do Detran/RS comparou os tipos de ocorrências mais comuns entre os alcoolizados com a parcela que elas representam no total de 1.471 acidentes fatais registrados no RS em 2019. Chamou a atenção que choque com objeto fixo e capotagem somaram 18% do total de acidentes com morte no Estado, mas entre os acidentes com envolvimento de condutores/motociclistas alcoolizados, o percentual desse tipo de ocorrência sobe para 40%. O dado indica que, na maior parte dos casos, esses motoristas se acidentam sozinhos, sem o envolvimento de outros veículos.

Foto: Divulgação – Detran/RS

Dia da semana e hora

A análise dos dias da semana e horários dos acidentes apontou as noites concentrando maior percentual (38% entre os alcoolizados). Nas madrugadas, o índice de condutores e motociclistas mortos em acidentes, que no geral é de 16,2%, aumenta para 32,3% entre os alcoolizados. O domingo é o dia mais preocupante. Em 2019, 32% dos condutores alcoolizados se acidentaram nesse dia da semana. Na análise do total de acidentes, esse percentual foi de 18%.

Foto: Divulgação – Detran/RS.
Foto: Divulgação – Detran/RS.

Municípios

Entre os municípios maiores, que também têm o maior número de testados para alcoolemia entre os condutores mortos no trânsito, Canoas tem o maior percentual de alcoolizados. Foram 10 positivos para álcool entre 19 condutores mortos testados (52%). Em seguida, ficam Pelotas (39%), Porto Alegre (31%), Caxias do Sul (31%) e Gravataí (25%).

Risco

Embora o estudo atual analise somente condutores de veículos, dados divulgados no ano passado sobre a acidentalidade de 2018 apontaram que a situação é similar entre pedestres e ciclistas. Naquele ano, 45,9% dos pedestres vítimas de acidentes de trânsito tinham álcool no sangue. Entre os ciclistas mortos que também apresentavam condição de alcoolemia, o percentual chegou a 42,1%.

Alerta

O diretor-geral do Detran/RS, Enio Bacci, manifestou preocupação com os dados, especialmente às vésperas das festas de final de ano.

“Importante divulgar esse estudo a tempo de alertar a população sobre os riscos de se dirigir alcoolizado. Fazemos um chamamento para que não se tolere esse tipo de comportamento entre os familiares e amigos. É um grave problema de saúde pública que traz consequências para toda a sociedade. Principalmente nesses tempos, em que precisamos de todos os leitos de hospital disponíveis para as vítimas da Covid-19. Vamos entrar no espírito de Natal, sendo empáticos e solidários. Vidas dependem de nossas ações, seja em não agir de forma irresponsável ou alertando para que outros não o façam”.

As informações são Ascom SSP

 

 

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