Atendimento rápido ajuda no tratamento e prevenção de sequelas
Os índices de acidentes no trânsito e suas consequências, como sequelas e óbitos, aumentam a cada ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que em 2011, 42.425 pessoas morreram vítimas do trânsito violento no país. Também chama a atenção o número de vítimas de invalidez permanente: de 2005 a 2010, passou de 31 mil para 152 mil por ano.
Segundo o especialista do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano, Rogério Naim Sawaia, as sequelas mais comuns hoje são as provocadas por acidentes com motociclistas que fraturam ossos da perna, da fíbula e da tíbia. Já em acidentes mais graves, como capotamentos, as fraturas mais frequentes são da coluna cervical, principalmente por movimento involuntário do pescoço, do fêmur e da bacia.
O perfil dos acidentados aponta que o Brasil pode ter uma geração de jovens aposentados por invalidez, já que a maioria está em faixa etária economicamente ativa (entre 18 e 44 anos). A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou recentemente que, no Brasil, as principais causas de acidente de trânsito são excesso de velocidade (26%), problemas com a infraestrutura das rodovias (20%) e motocicletas (16%), sendo que nos últimos três anos o aumento dos acidentes causados por motociclistas teve um salto de 113%.
Sawaia ressalta que é possível evitar que as vítimas de acidentes de trânsito fiquem com sequelas mais graves adotando alguns passos importantes durante o pré-atendimento hospitalar. Quando o paciente chega ao hospital, deve ser atendido imediatamente por uma equipe multidisciplinar, que avaliará as funções básicas do organismo.
“Após esses procedimentos, o atendimento hospitalar tratará de cada lesão especificamente, sejam cortes ou fraturas. O primordial é o paciente chegar rápido ao hospital, ser atendido pela equipe multidisciplinar e o seu tratamento específico ortopédico ser realizado rapidamente. Ter um serviço de Emergência Ortopédica, com profissionais da área disponíveis 24h, auxilia muito o atendimento rápido e completo do paciente”, explica.
Fonte: Primeira edição