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10 de dezembro de 2024

Cadeirinhas têm sido esquecidas pelos pais


Por Mariana Czerwonka Publicado 20/07/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h49
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Nove meses após a criação da legislação no Código de Trânsito Brasileiro que obriga a utilização de cadeirinhas ou assentos de elevação para transportar crianças menores de sete anos e meio, muitos pais ainda descumprem a legislação que pode gerar multas, e pior, trazer riscos de mortes para os pequenos. E o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) continua a autuar motoristas pelo transporte inadequado de crianças. De janeiro a maio de 2011, foram registradas 1.021 notificações, enquanto que durante todo o ano de 2010 foram feitas 1.803 autuações, o que representa um aumento de cerca de 60% do número de registros nos os cinco primeiros meses do ano. Já Segundo Isaías Reis, coordenador de Operações da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTbel), desde setembro do ano passado a CTBel passou a intensificar a fiscalização nos veículos. “A intenção é principalmente conscientizar esses condutores para que possam evitar acidentes e, no caso de uma ocorrência, prevenir e garantir a segurança dessa criança” alerta Isaías. Porém, o coordenador admite que possam existir falhas na fiscalização por conta da identificação da idade da criança e também pelo uso indevido de películas muito escuras que dificultam não só a visualização, mas o reconhecimento de situações irregulares. A CTBel não tem dados específicos de autuações pelo município. PREVENÇÃO A rotina na hora de sair é sempre a mesma: separar e instalar a cadeirinha para Samuel de 3 anos, o assento para Vinícius, de 6, e o bebê conforto para Lucas, de apenas oito meses. É assim que a estudante Cléo Ribeiro, mãe dos três garotos, se prepara para uma saída de carro com a família. Cléo conta que de início não dava muita importância ao equipamento. “Antes da obrigatoriedade, eu preferia levar o Lucas no colo, por uma questão de conveniência como na hora de dar mama” diz a estudante, que confessa já ter ficado tentada em não usar a proteção. “Porém, depois de ter ganhado uma cartilha do meu marido e de ver algumas reportagens sobre a eficiência das cadeirinhas na hora de acidentes, eu passei a dar maior importância”, diz Cléo. Cléo relata ainda que para sua viagem programada para julho apenas Lucas, de oito meses, irá visitar o pai que atualmente mora em Tucuruí, mas garante que ele vai no bebê conforto. “Na estrada, a gente nunca sabe em que condição os outros motoristas vêm, assim diminuímos o riscos” diz a mãe. Ela conta que precisou procurar bastante nas lojas para conseguir as cadeiras. “Como são três crianças de idades diferentes, demoramos até encontrar, pois além da dificuldade de achar disponível nas lojas, quando achávamos, eram muito caras”. Nas lojas e magazines, a procura pelo equipamento vem caindo há dois meses, segundo Carlene Soares, vendedora de uma loja de departamentos. Uma diferença em relação aos primeiros meses que sucederam a obrigatoriedade, quando a procura foi intensa. “chegamos a ficar sem as cadeiras no estoque quatro vezes em um mês, no entanto agora estamos com algumas aqui paradas há pelo menos dois meses” calcula a vendedora. O QUE DIZ A LEI Infração gravíssima: a multa por transporte inadequado de crianças é infração gravíssima com registro de sete pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 191,54. Fonte: Diário do Pará

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