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Confira dicas de como dirigir com segurança em dias de chuva


Por Mariana Czerwonka Publicado 17/05/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h39
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O período das chuvas já chegou e as enchentes não demoraram a aparecer. Quando isso acontece, os carros sempre são atingidos, causando prejuízo para os proprietários e pondo em risco a segurança no trânsito. O tempo exige que o motorista dirija com mais cuidado e que o carro esteja com toda a manutenção em dia. Com água na estrada, a pista fica escorregadia e aumentam os riscos de acidente e de problemas no veículo. Saiba como “navegar” com segurança quando São Pedro resolve abrir as torneiras celestiais.

Aquaplanagem

As lâminas de água que cruzam as estradas podem fazer com que o carro perca o contato com o solo e passe a deslizar completamente sem controle, transformando o motorista em mero espectador. Trata-se de situação extremamente perigosa, pois existem grandes chances de o carro sair da pista, ir de encontro a outro veículo, árvore, poste ou cair em uma ribanceira. Quando o carro aquaplana, deslizando sobre a água, não resta muita coisa a fazer, além de tirar o pé do acelerador, manter (segurar firme) o volante em linha reta e rezar muito.

Mas alguns cuidados podem ajudar a evitar que isso aconteça: manter os pneus em bom estado, com sulco acima de 1,6 mm, pois são responsáveis por drenar a água; e reduzir a velocidade (abaixo dos 80 km/h). É importante dizer que a aquaplanagem acontece principalmente em estradas planas e bem pavimentadas. O problema mais grave da aquaplanagem é que nem sempre as duas rodas dianteiras saem ao mesmo tempo da lâmina dágua, ou seja, uma das rodas recupera o atrito com o solo antes da outra. Isso acaba puxando o carro para um dos lados, provocando um acidente.

Freios molhados

Depois de um trecho alagado, se você precisar parar, existe um grande risco de acidente, pois os freios podem não funcionar, já que os componentes estão molhados e não existe atrito entre eles. Como resolver? Engrene uma marcha forte (primeira ou segunda) e rode uns 30 segundos pisando fundo no acelerador com o pé direito e firme no pedal do freio com o esquerdo. O atrito entre as peças vai provocar calor e este vai secar as pastilhas, discos, lonas e tambores.

Lisos e perigosos

A mistura chuva e pneus “carecas” é um convite à morte, ou seja, a um acidente grave, pois o sulcos do pneu são os responsáveis pela drenagem da água, garantindo a aderência. Com o pneu liso, o veículo fica com a estabilidade reduzida e pode derrapar facilmente, até mesmo em curvas feitas em baixa velocidade. Rodar com pneus desgastados (com sulcos abaixo de 1,6 mm) também pode render uma multa.

Calço hidráulico

Motorista deve tomar muito cuidado ao transpor trechos alagados, pois a água pode entrar no motor e provocar o chamado “calço hidráulico”, cujo conserto é caro e não tem garantia. O que ocorre é que a água entra pelo sistema de captação de ar do motor na câmara de combustão e no interior dos cilindros. Ao tentar subir, o pistão encontra a enorme resistência da água, que, diferentemente do ar, é pouco compressível. O enorme esforço do pistão provoca o empenamento das bielas, ocasionando o calço hidráulico e, conseqüentemente, o travamento do motor. Como o reparo geralmente inclui troca de pistãos, bielas e válvulas, o serviço é muito caro (dependendo do carro, pode passar dos R$ 8 mil).

Como fugir do “calço hidráulico”: evite passar por locais muito alagados, pois é melhor perder algum tempo do que ter um prejuízo enorme; se realmente tiver de atravessá-lo, engate a segunda marcha e mantenha aceleração média e constante, pois isso vai evitar que a força de aspiração do motor seja muito alta, a ponto de puxar água para dentro do motor e fazer com que o volume de gás expelido pelo propulsor seja suficiente para impedir a entrada de água pelo escapamento; e, se o motor apagar durante a travessia, a primeira recomendação é não tentar fazer com que ele funcione (nem ′no tranco` e nem na chave), sendo que o melhor a fazer é colocar a alavanca de marchas em ponto morto, empurrar o veículo até um local seguro e chamar um reboque, para que seja feita uma análise mais detalhada em uma oficina.

Palhetas

Não espere ser surpreendido por aquela chuva forte para perceber que as palhetas do limpador do pára-brisa e do vidro traseiro (hatch e perua) estão em péssimo estado e não dão conta de remover corretamente a água. Sol, vento, poluição e outras ações destrutivas ressecam as lâminas de borracha, que perdem a capacidade de limpeza do vidro e provocam ruídos indesejáveis. Geralmente, as palhetas costumam durar cerca de um ou, no máximo, dois anos, e devem ser substituídas aos pares, mesmo que uma esteja em melhor estado do que a outra.

Para aumentar a durabilidade, é aconselhável manter as lâminas de borracha sempre limpas, retirando principalmente o óleo que vem de outros carros e que, quando exposto ao sol, acaba ressecando as borrachas. Para a limpeza, use somente sabão neutro diluído em água. Não ligue os limpadores do pára-brisa e do vidro traseiro sobre o vidro seco. O acionamento somente deve ser feito com o vidro molhado e sem a presença de sujeiras, tais como terra, barro, areia etc., pois isso danifica a borracha e o próprio vidro.

Na hora da compra, o motorista deve ter o cuidado de ler com atenção a embalagem, verificando o código e a lista de veículos a que se destina o jogo, pois as palhetas costumam mudar de ano para ano, mesmo sem alterações no vidro. A substituição é simples e pode ser feita por qualquer motorista, com uma chave de fenda pequena.

Água no para-brisa

É fundamental abastecer o reservatório do limpador do pára-brisa e do vidro traseiro, que geralmente fica no compartimento do motor. Ainda tem motorista que insiste em abastecê-lo com uma mistura de água e detergente comum. Isso ataca a pintura e a própria borracha da palheta. Existem produtos específicos para essa função, que removem com eficiência toda a sujeira que vem da pista (óleo, areia, barro etc.).

Faróis

Devem estar sempre regulados, com chuva ou sol. Quando começar a chover, o motorista deve acender os faróis baixos, mesmo durante o dia. Ao parar em um posto, ele deve limpá-los, pois a sujeira reduz de forma significativa a sua capacidade de iluminação, além de alterar a trajetória dos fachos.

Fonte: Diário de Pernambuco

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