15 de maio de 2025

Sono ao volante: ABRAMET/RS alerta para risco invisível que pode ser tão letal quanto o álcool

Durante o Maio Amarelo, entidade reforça que dirigir com sono compromete os reflexos, aumenta o risco de acidentes e pode custar vidas.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 09/05/2025 às 13h30
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sono ao volante
Entre os grupos mais vulneráveis estão motoristas profissionais, pessoas com distúrbios do sono, trabalhadores em turnos alternados, idosos e jovens condutores. Foto: makisyaka25 para Depositphotos

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego no Rio Grande do Sul (ABRAMET/RS) aproveita a campanha Maio Amarelo — movimento internacional voltado à conscientização para a redução de acidentes de trânsito — para emitir um alerta importante: dirigir com sono é tão perigoso quanto dirigir alcoolizado, e pode ser fatal.

De acordo com a entidade, até 42% dos sinistros com mortes no trânsito estão relacionados ao sono e à fadiga. O dado reforça a necessidade de conscientização sobre os riscos de estar ao volante sem a devida atenção e descanso.

“O sono desliga o cérebro do motorista”, alerta especialista

O presidente da ABRAMET/RS e médico especialista em Medicina do Tráfego, Ricardo Hegele, explica que a sonolência interfere diretamente na capacidade do cérebro de comandar as funções necessárias para dirigir com segurança. “Há redução dos reflexos, perda de concentração e risco de ‘apagões momentâneos’, conhecidos como microsleeps — extremamente perigosos, especialmente em alta velocidade”, afirma.

Hegele ressalta que o grande perigo está no fato de muitos motoristas não perceberem que estão em risco.

“O motorista acredita que pode continuar dirigindo mesmo com sono, mas sua capacidade de processar informações e ordenar ações através do cérebro já está em processo de ‘desligamento’. É um perigo invisível”, alerta.

Grupos mais vulneráveis ao risco do sono ao volante

A ABRAMET/RS chama atenção para os grupos que apresentam maior vulnerabilidade ao sono ao volante:

  • Motoristas profissionais;
  • Pessoas com distúrbios do sono;
  • Trabalhadores de turnos alternados (como plantonistas);
  • Idosos;
  • Jovens condutores.

Para esses públicos, e para todos os motoristas, a orientação é clara: durma bem antes de dirigir, evite horários críticos para sonolência (como madrugada e início da tarde), faça pausas regulares durante trajetos longos e jamais confie em estimulantes como substitutos do sono real.

“Assim como quem bebe não deve dirigir, quem está com sono também não deve assumir a direção veicular. O trânsito exige plena atenção”, enfatiza Hegele.

Prevenção salva vidas

A ABRAMET/RS reforça que a prevenção é a principal arma para reduzir sinistros e proteger vidas no trânsito. A mensagem da entidade durante o Maio Amarelo é direta e urgente:

“Sono no volante mata — e é preciso falar sobre isso.”

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