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03 de outubro de 2024

ONG Trânsito Amigo participa de webinar internacional promovido pela OMS sobre álcool e direção

No evento Fernando Pedrosa, fundador da ONG Trânsito Amigo, falou sobre a importância da política brasileira de prevenção ao uso de drogas ao volante.


Por Pauline Machado Publicado 22/01/2023 às 18h00 Atualizado 24/01/2023 às 09h52
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No último mês de dezembro Fernando Pedrosa, especialista em prevenção e educação para o trânsito e um dos fundadores da ONG Trânsito Amigo, entidade de vítimas de trânsito, participou do webinar internacional promovido pela OMS sobre álcool e direção.

Na ocasião, Pedrosa falou sobre a importância da política brasileira de prevenção ao uso de drogas. Como, por exemplo, a que exige o exame toxicológico de larga janela de detecção na obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para condutores das categorias C, D e E. O exame é feito por meio de cabelo ou pelos do corpo do motorista, permitindo identificar se o condutor é um usuário regular de drogas.

Números

Estudos apontam que, em média, apenas 1% dos motoristas brasileiros são testados para o álcool na pista. Por isso, ele reforça que o exame toxicológico quando realizado preventivamente, no momento em que o condutor vai tirar ou renovar a CNH, é muito mais eficiente como política pública. Isso porque tem um alcance pleno no Brasil.

“Penso que a contribuição da Trânsito Amigo é disponibilizar informação para a OMS sobre a legislação brasileira para um trânsito cada vez mais seguro. O modelo brasileiro é um importante objeto de estudo e estamos à disposição no que for preciso para que ele possa ser aproveitado por outros países. O exame toxicológico é uma maneira de cortar o uso de drogas, além de ser essencial como forma de prevenção”, enfatiza e acrescenta que a ONG Trânsito Amigo segue à disposição no que for necessário para contribuir na difusão da legislação brasileira no combate ao uso de drogas ilícitas no trânsito.

Drogas mais usadas

Durante sua fala, Fernando também destacou as drogas mais usadas pelos motoristas profissionais no Brasil. Sendo a cocaína, em primeiro lugar, seguida pela anfetamina. O uso, na maior parte das vezes, se dá pela alta competição do transporte profissional de carga. Esta exige que o profissional fique por mais de dez horas dirigindo. “Isso faz com que muitas vezes estes profissionais precisem se valer de substâncias químicas que aumentem artificialmente a sua capacidade de dirigir”, conclui.

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