É falsa a notícia de que Cuba receberá 2% da arrecadação com as placas Mercosul
Não bastasse toda a confusão –verídica- que ocorre em torno da Placa Mercosul, uma notícia falsa que circulou nas redes sociais nessa semana, trouxe um pouco mais de caos para o enredo do novo sistema de identificação veicular. Conforme a “Fake News”, 2% de toda arrecadação com as novas placas seria destinado para uma Entidade Internacional do Mercosul chamada RENAC (Reconstrução Nacional de Cuba). Além do texto, a imagem da placa que circula junto com a mensagem também é falsa.
O falso texto prega ainda que “tudo que os Comunistas fazem nas sombras e você VOTA e os apoia sem COBRAR ou QUESTIONAR”.
Tanto a Resolução Mercosul/GMC/ nº 33/14, quanto a Res.729/18 do Contran, não fazem menção nenhuma a qualquer tipo de arrecadação, muito menos em relação a inscrição Renac na placa. De acordo com o Denatran, os preços praticados em razão da troca de placas pelo padrão Mercosul são de competência dos órgãos estaduais de trânsito, os Detrans.
O Ministério das Cidades, inclusive, retirou o brasão dos municípios e a bandeira dos estados, por não estarem previstos no acordo assinado entre o grupo Mercosul.
Veja a íntegra da mensagem falsa
“QUANTO MAIS MEXE MAIS FEDE
Você sabia que 2% de toda arrecadação do veiculo do Mercosul será destinado para a Entidade Internacional do Mercosul a RENAC, você sabe o que é a RENAC ? Não sabe e sabe por que não sabe ? Por que tudo que os Comunistas fazem faz nas sombras e você VOTA e os apoia sem COBRAR ou QUESTIONAR. RENAC é Reconstrucción Nacional de Cuba”
Dicas para não cair em armadilhas nas redes sociais
Sempre que receber esse tipo de mensagem é necessário verificar a informação em sites confiáveis, como é o caso do Portal do Trânsito. Outra dica é ficar atento aos erros ortográficos, pois geralmente as mensagens falsas contêm muitos erros de português e de digitação.
Para Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito, as pessoas de má-fé se aproveitam do poder da internet para divulgar informações equivocadas e mentirosas.
“Esse é um assunto bastante delicado que já trouxe muita confusão. Inventar informações só serve para comprometer ainda mais esse processo de mudança que estamos passando. Por isso sempre repito, antes de compartilhar mensagens que recebemos via redes sociais, devemos verificar a veracidade antes de repassar”, conclui Pietsak.