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Especialistas cobram rigor da lei seca para outras infrações


Por Talita Inaba Publicado 03/04/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h43
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O rigor da fiscalização da nova lei seca deveria ser estendido para outros tipos de infração de trânsito, segundo especialistas em segurança. Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o endurecimento da lei está contribuindo para a redução dos acidentes, principalmente por causa do valor da multa, que é de R$ 1.915,40. “Quando se fiscaliza, se pune severamente, existe essa regressão. O custo da multa é assustador para o motorista brasileiro, que tem uma série de vícios no trânsito.” Por causa desses vícios, o médico defende que o rigor seja estendido também para outras práticas consideradas perigosas ao volante. “Se tivéssemos a mesma atitude da lei seca com relação ao uso de celular, excesso de velocidade, sono e fadiga, por exemplo, teríamos uma redução ainda maior.” O especialista também defende o aumento do efetivo de policiais e agentes de trânsito, ainda pequeno para fiscalizar essas infrações. O professor Coca Ferraz, coordenador do Núcleo de Estudos de Segurança do Trânsito da USP, diz que além de coibir o álcool na direção, a fiscalização da lei seca provoca um efeito psicológico. “Há um amplo processo de divulgação do assunto, e o motorista, ao ver a fiscalização presente, acaba ficando mais atento às leis”, diz. Para reduzir as mortes, o professor da USP defende a criação de uma agência nacional de segurança no trânsito e que as campanhas fiquem mais intensas. “Tem que usar imagens fortes mesmo, para sensibilizar as pessoas, como está sendo feito em outros países.” Apesar de concordarem que a lei seca é a maior responsável pela redução recente das mortes no trânsito, os dois especialistas dizem que outros fatores podem influenciar as estatísticas, como o volume de tráfego, o aumento da frota e até mesmo o clima. Fonte: Folha.com

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