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Faixa Azul: projeto visa reduzir sinistros de trânsito envolvendo motociclistas


Por Pauline Machado Publicado 25/03/2022 às 19h24 Atualizado 08/11/2022 às 21h13
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O primeiro mês de operação da Faixa Azul fechou com um saldo positivo. Nenhum registro de acidentes com vítima grave e óbito envolvendo motociclistas no local da faixa.

O projeto piloto da criação da Faixa Azul – para uso exclusivo de motocicletas, entrou em vigor no dia 25 de janeiro de 2022 tendo como local escolhido para implantação pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito – SMT por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, a Avenida 23 de maio, em São Paulo.

De acordo com os órgãos de trânsito, o local foi escolhido por se tratar de uma via com alto volume de tráfego de motocicletas. São 2.400 motos por hora, cerca de 50 mil ao dia, com 78% dos sinistros de trânsito no local envolvendo motociclistas.

O projeto

O uso da faixa azul em seus seis quilômetros de extensão na Avenida 23 de Maio – sentido Santana/Aeroporto, entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad, não é obrigatório. Seu uso, porém, é restrito às motocicletas nas condições de trânsito lento, podendo utilizar, também, as demais faixas.

A sinalização de segurança, ou seja, a junção do balizamento branco delimitando as faixas e a cor azul internamente ao balizamento – caracterizada pela vulnerabilidade do usuário motociclista, localizada entre as faixas veiculares 1 e 2 na Avenida 23 de Maio, tem como objetivo organizar o espaço compartilhado entre os automóveis e as motocicletas. O objetivo é reduzir os sinistros de trânsito com lesões e mortes envolvendo motociclistas na cidade de São Paulo.

Há, também, sinalização vertical por toda a via alertando para os limites de velocidade, bem como cuidado e orientação ao mudar de faixa. Além disso, há mensagens educativas lembrando do uso da seta, o respeito aos limites de velocidade e a atenção aos sinais de trânsito e compartilhamento do espaço na avenida.

Para garantir mais fluidez, bem como o respeito à sinalização existente, os motociclistas da CET e do CPTRAN fazem rondas para o monitoramento e controle do tráfego no local.

Primeiro mês de operação

De acordo com informações da SMT, o primeiro mês de operação do Projeto Piloto da Faixa Azul fechou com um saldo positivo. Nenhum registro de acidentes com vítima grave e óbito envolvendo motos no local da faixa.

Os números, por exemplo, também apontaram que a Faixa Azul tem sido utilizada por 86% dos motociclistas. E, também, que houve melhora na fluidez do trânsito, com redução de 10% na lentidão.

Os dados captados ao longo da via continuarão sendo enviados para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) trimestralmente.

Projeto polêmico

Uma pista exclusiva para motociclistas não é novidade em São Paulo. A Prefeitura já testou a medida anteriormente, em 2018, mas houve um aumento no número de acidentes, o que levou o órgão a abandonar a ideia.

O projeto atual é diferente do anterior que previa a implantação das faixas à esquerda dos veículos. Agora, a faixa não está mais colada ao canteiro. Está posicionada no lugar por onde a maioria dos motociclistas já circula, entre duas faixas de carros. Isso possibilita escapar por qualquer um dos lados, se for necessário. Além disso, as faixas têm 90 centímetros de largura, espaço considerado estreito o suficiente para evitar ultrapassagens entre os motociclistas.

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