CNH barata – o preço oculto de economizar na SEGURANÇA VIÁRIA
Para o Prof. Carlos José Antônio Kümmel Félix CNH é mais do que um simples documento, é uma política pública — como saúde, educação e segurança — e deve ser tratada como tal.

Por Carlos José Antônio Kümmel Félix*
Muito se fala em reduzir os custos para tirar a habilitação. A promessa parece sedutora: tornar o processo mais acessível, mais rápido, mais barato. A ideia costuma soar como avanço social — afinal, quem não quer pagar menos? Mas, no trânsito, o “economizar” pode custar muito mais — em vidas perdidas.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 11 da ONU — Cidades e Comunidades Sustentáveis — é claro: mobilidade só é sustentável quando é segura. E segurança viária é resultado de formação sólida, prática rigorosa e cultura de responsabilidade aliadas à infraestrutura de qualidade. Ruas bem sinalizadas, pavimentação adequada, iluminação eficiente e dispositivos de segurança são tão essenciais quanto um motorista bem treinado.
CNH é mais do que um simples documento.
É uma política pública — como saúde, educação e segurança — e deve se tratar como tal. No caso da CNH, é preciso resgatar o que o próprio nome já diz: habilitação. Habilitar não é autorizar qualquer um a guiar. É atestar que a pessoa tem competência técnica, raciocínio rápido e postura segura para conduzir sem transformar o volante em arma, que o condutor está apto a respeitar e preservar vidas — inclusive a própria.
Reduzir a qualidade da formação em nome da economia é comprometer o próprio direito coletivo à vida e à mobilidade segura.
As comparações internacionais são implacáveis e não deixam dúvidas. Na Suécia, berço do Vision Zero, a formação inclui treinamentos em diferentes condições, simulações de risco e rígidos critérios de aprovação. Resultado: 2,2 mortes no trânsito por 100 mil habitantes. No Japão, com todo respeito a lei e a disciplina, a taxa é 2,6. No Brasil, esse número salta para 14,2. Ainda assim, discute-se flexibilizar exigências e reduzir custos.
É como economizar nos freios de um veículo pesado na descida: a tragédia não é hipótese, é certeza.
Se o país deseja circulação viária com segurança, o caminho é qualificar a formação, associado a investimentos consistentes em infraestrutura. CNH barata pode ser um alívio momentâneo no bolso. A conta é simples, mas o cálculo é moral: cada centavo economizado em formação deficiente pode custar vidas e perpetuar o caos nas vias. O valor mais alto que podemos cobrar de quem quer dirigir é o compromisso inegociável com a preservação da VIDA!
*Carlos José Antônio Kümmel Félix é Prof. Titular Dr. Eng. Civil UFSM

Na minha opinião, habilitação está muito cara, virou fábrica de dinheiro, no ano de 2000, tirei minha habilitação, não mudou nada no trânsito até hoje, tudo igual, você com certeza é dono de alguma auto escola, aí está defendendo esse roubo, tem que ser é de graça com as mesmas instruções e pronto, isso é um absurdo o valor atual para retirar uma habilitação na categoria A/B, pagar 3 mil ou mais, vão continuar roubando, metendo a mão no bolso do trabalhador, na cara de pau, sua justificativa é fraca, você dono ou parente dos donos de auto escola, saí fora doído que sua ideia é furada, tu deve ser bem é político, raça dos infernos ladrões. Minhas humildes palavras. Abre o olho população, tenho 25 anos de habilitado, na época, foi 500 reais para obter as aulas da auto escola, laudo era por fora, esse papo dele é de política.