Veja como dar uma boa aula teórica no CFC em cinco passos!
Existem estratégias que podem facilitar a vida do instrutor de trânsito e ajudá-lo a dar uma boa aula teórica no CFC. Veja o passo a passo.
Dar aulas teóricas para quem vai tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é uma missão nobre e de extremo significado. A responsabilidade do instrutor de trânsito é um valioso compromisso social, pois os conhecimentos e a experiência que compartilha com os alunos se refletirão nos seus comportamentos como condutores e cidadãos, por toda a vida. Apesar de parecer difícil, existem estratégias que podem facilitar a vida do instrutor de trânsito e ajudá-lo a dar uma boa aula teórica no Centro de Formação de Condutores (CFC).
Leia também:
- Curso de instrutor de trânsito pode ser feito online?
- Instrutor de trânsito com multa é impedido de trabalhar?
- Saiba quais são as características necessárias para ser instrutor de trânsito
Veja o passo a passo de como dar uma boa aula teórica no CFC
Passo 1: planejamento da aula
Os planos de aula, principalmente os propostos pela Tecnodata Educacioanal, são sugestões para divisão dos temas e conteúdos dentro do tempo de cada aula. Além disso, sobre a utilização dos recursos didáticos e metodologia para cada tema a ser estudado. “O objetivo desses planos é orientar o instrutor na organização das aulas teóricas, ficando a seu critério fazer eventuais adaptações para melhor adequá-las à realidade do seu local de trabalho”, explica Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.
Para que os planos de aula sejam aproveitados ao máximo, é necessário que o instrutor tenha compreendido completamente sua funcionalidade.
No plano devem constar o nome da disciplina e o número da aula ao qual o plano se refere. Na sequência deve estar bem claro o objetivo geral, que é a meta maior que aluno ao estudar esta disciplina deverá alcançar. Já, os objetivos específicos detalham as etapas de aprendizagem que o aluno deve alcançar a cada tema da disciplina.
O plano de aula também aborda a aplicação da metodologia, bem como a utilização de recursos didáticos.
Passo 2: abordagem inicial
A maneira de iniciar o curso é fundamental para que o instrutor estabeleça um ambiente cordial e positivo.
Uma das primeiras dicas é tentar eliminar a sensação de frustração e impotência que temos diante dos grandes problemas, principalmente quando pensar que sua contribuição será pequena demais para ajudar em alguma coisa. “É preciso convencer-se de que o importante é cada um fazer a sua parte”, avalia Mariano.
A abertura da aula também é uma excelente oportunidade de demonstrar com entusiasmo a importância prática do assunto a se estudar. Ou seja, tanto para a sociedade, para a família e para cada pessoa, transmitindo a sensação de que aquele conhecimento fará diferença na vida de cada um.
“Conscientize-se de que todos fazem parte do mesmo problema. Se o trânsito está inadequado e violento esse é um reflexo do comportamento de todos: condutores e não condutores. É preciso decidir como afetar o trânsito positivamente”, orienta o especialista.
Passo 3: tire proveito da experiência dos alunos
De acordo com o especialista, os grupos de futuros condutores são muito heterogêneos no que diz respeito a experiências de vida, conhecimentos, necessidades, interesses e objetivos. É necessário que o instrutor interaja com o grupo, fazendo fluir depoimentos e debates que permitam uma aprendizagem baseada em problemas reais e na discussão de casos. Estas atividades, além de permitir o compartilhamento de ideias, promovem a integração do grupo e reforçam a autoestima dos participantes. “O instrutor deverá estar atento à eventual acomodação ou diminuição do interesse dos alunos durante as aulas e combater estas tendências com perguntas instigantes, pré-elaboradas, que certamente trarão todos de volta à participação”, diz Mariano.
Passo 4: justificando a necessidade e utilidade de aprender
O instrutor de trânsito precisa ter em mente que os adultos se sentem motivados a aprender quando entendem as vantagens, bem como os benefícios de um aprendizado. Ou, ainda, as consequências negativas da falta de conhecimento. “O método deve permitir que o participante perceba suas próprias deficiências. E, também, a diferença entre atitude e comportamento ideal, quando comparados com os atuais”, ilustra o especialista.
Passo 5: participação e responsabilidade
Conforme Mariano, deve-se evitar o modelo de ensino no qual os participantes ficam aguardando que o instrutor lhes diga o que é certo ou errado e o que deve ser feito. É possível conseguir isso se, durante e após os estudos de caso, os participantes se autoavaliarem, por exemplo, tanto no que diz respeito ao aprendizado dos conteúdos como no aproveitamento geral do curso. “Se o curso tem a participação de todos, então todos se sentirão corresponsáveis pelos bons resultados”, finaliza.
Saiba mais:
Conscientização: reflexo de uma boa aula teórica no CFC
Para ter certeza que está ministrando uma boa aula teórica no CFC, o importante, de acordo com o especialista, é que o instrutor saiba que muito mais do que simplesmente conhecer leis e procedimentos necessários às aprovações nos exames de habilitação, o cidadão precisa conscientizar-se de que seu comportamento no trânsito relaciona-se com algo extremamente valioso e frágil: a vida humana.
“E, o fundamental, que para preservá-la é necessário muito mais do que simplesmente aprender a dirigir”, conclui Mariano.
Quer saber mais? Conheça o Manual do Instrutor da Tecnodata e outros materiais que podem te ajudar!