Mais de 50 mil pessoas morrem por ano vítimas de acidente de trânsito
Perfil de motoristas está diretamente ligado a acidentes de trânsito. Veja a entrevista feita pelo G1 com a psicóloga Maria Carolina de Araújo
O Brasil está entre os 50 países no mundo onde mais se morre no trânsito, segundo dados divulgados pelo seguro obrigatório DPVAT. Conforme a pesquisa, mais de 50 mil pessoas morrem todos os anos em acidentes no país, são 136 mortes por dia ou cinco por hora. Em entrevista, a psicóloga Maria Carolina Schober de Araújo, de Paranavaí, no noroeste do Paraná, faz um detalhamento sobre o perfil de motoristas que se envolvem em acidentes, porque alguns condutores insistem em ingerir bebidas alcoólicas antes de dirigir e como as nossas emoções estão totalmente ligadas à forma de conduzir um veículo.
Para a psicóloga os acidentes ocorrem porque os motoristas acreditam que sempre estarão sob o controle da situação e que nada de grave vai ocorrer nesse período. “Os condutores dos mais diversos veículos suprem o sentimento de onipotência, desconsideram as leis e as regras de convivência social. São nesses momentos que acabam acontecendo os acidentes”, detalha Maria Carolina.
A violência no trânsito ainda é um reflexo das emoções sentidas pelo indivíduo no trabalho ou na família. Segundo Maria Carolina, o motorista não pode sobrecarregar a direção com o estresse profissional e as preocupações familiares. Qualquer interferência, seja ela externa ou interna, pode ser a causa de um acidente. “Pequenas atitudes, como ouvir uma música para relaxar, por exemplo, podem melhorar muito a convivência social e no trânsito”, acredita a psicóloga.
Para discutir a forma como os motoristas e pedestres estão se comportando, o Departamento Nacional do Trânsito (Denatran) realiza desde o dia 18 até 25 de setembro a Semana Nacional do Trânsito. O tema desta edição é ‘Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre’. A ideia é discutir não só o uso da faixa de pedestres, mas também a utilização do fone de ouvido e do celular, os cuidados com o idoso que atravessa a rua e a atenção em lugares com pouca visibilidade.
Fonte: G1 Notícias