Grávida ao volante: como ter mais segurança?
Não existe nenhuma legislação específica sobre como a gestante deve se portar no trânsito e, o que se vê, é que algumas futuras mães recusam-se a usar o cinto de segurança, porque pensam que em uma colisão ele poderá machucá-las e ao seu filho.
Porém, as responsabilidades como condutora de veículos e obediência às leis do tráfego são idênticas em gestantes e não gestantes. E, a melhor proteção para a mulher e seu filho é, comprovadamente, o cinto de segurança.
Com o objetivo de difundir práticas mais seguras e evitar acidentes, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apresenta uma série de recomendações para transporte seguro de mulheres grávidas. Confira:
Evite dirigir nas seguintes situações:
• episódios freqüentes de vômitos, náuseas e câimbras;
• ameaça de abortamento;
• após longos períodos de jejum, devido ao risco de hipoglicemia, quando tontura,sonolência, falta de atenção e até desmaios podem ocorrer;
• em dias muito quentes, pela chance maior, neste período, de pressão baixa;
• edema (inchaço) importante das pernas, impossibilitando o uso de calçados fixos;
• da 36ª semana em diante, devido a proximidade do abdome com a direção;
• se estiver ingerindo algum medicamento, que cause sonolência;
• se sentir qualquer desconforto ou mal estar.
Se a grávida for passageira, o ideal é sentar no banco traseiro, utilizando sempre o cinto de 3 pontos. A faixa diagonal do cinto deve cruzar o meio do ombro, passando entre as mamas (nunca sobre o útero) e a faixa sub-abdominal deve estar tão baixa e ajustada quanto possível. Se a gestante não estiver utilizando o cinto de 3 pontos, no momento de uma colisão ou freada brusca, ao ocorrer compressão do abdome pela direção, pode haver rotura uterina e morte do feto.
Quando a gestante estiver dirigindo, deve observar as seguintes recomendações de segurança:
• afastar o banco para trás, o mais longe possível da direção (sem comprometer a segurança) – a distância entre o abdome e o volante deve ser de 15 cm, pelo menos;
• o volante deve estar inclinado para cima ou longe do abdome;
• evitar longas distâncias, jejum, calor ou frio excessivo e estradas ruins.
Atenção:
• não há estudos conclusivos se o air-bag é perigoso para a gestante;
• a principal causa de morte de origem não obstétrica na gestante é o trauma;
• a mortalidade do bebê quando ocorre trauma (acidente) é de cerca de 70%;
• mais de 50% dos traumas e acidentes ocorrem no último trimestre, o útero já está volumoso e a agilidade física fica comprometida;
• neste período, pela ansiedade natural da proximidade do nascimento do bebê, a gestante pode apresentar julgamento alterado frente a situações de perigo iminente.
Fonte: Portal EBC