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Lei Seca: Números mortes ainda é alto no país


Por Mariana Czerwonka Publicado 17/04/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h42
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O saldo de mortes desde a regulamentação da nova Lei Seca caiu, porém ainda é alta a estatística de mortes por colisão frontal que tanto pode ser causado por álcool ou imprudência do motorista.

No Brasil, em 2011 mais de 2.652 pessoas foram vitimadas por acidentes desta natureza. Dados divulgados no feriado da Páscoa pela Polícia Rodoviária Federal relatam que só em Minas Gerais mais de 75% das mortes foram por colisão frontal. A PRF tenta inibir as ultrapassagens perigosas através do patrulhamento nas estradas, porém é impossível conseguir um resultado satisfatório apenas com esta ação.

Entretanto o maior vilão em relação aos acidentes de trânsito no país ainda é o álcool. Embora não existam estatísticas oficiais, estudos como, por exemplo, o Viva (Vigilância de violências e acidentes) analisaram os atendimentos em hospitais com urgência emergência conveniados ao SUS. Estima-se que 21% dos acidentes atendidos nos hospitais envolvem a combinação bebida e direção, dados do ano de 2011.

O perfil traçado por esta pesquisa detalha que 22,3% dos condutores, 17,7 dos passageiros e até mesmos os pedestres com 21,4% engrossam a lista de consumo de algum tipo de bebida que interferiu de maneira direta no acidente de trânsito, a média de idade foi entre os 20 até 39 anos.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quem ainda associa a imagem da participação direta de apenas pessoas de baixa renda alcoolizadas se engana, pois segundo ele, a escolaridade e classe social são dos mais variados tipos, vai desde o rico ao mais pobre, sem acepção.

O governo pretende sensibilizar os condutores através de campanhas sócio-educativas que auxiliem na prevenção ao fazer esta perigosa combinação de beber e dirigir. No entanto, é preciso ressaltar que, embora o endurecimento da Lei Seca foi fundamental, pois atingiu o bolso dos condutores, ela não alterou em praticamente a questão penal de quem comete esse tipo de crime.

É por este motivo que foi criado na internet uma campanha que ganhou o país chamada Não foi Acidente que visa recolher mais de 1,3 de assinaturas para que a pena de homicídio culposo seja mais contundente em casos de acidentes de trânsito. “O movimento Não foi Acidente se iniciou com uma página em uma rede social, em solidariedade ao Rafael, que perdeu a mãe e a irmã assassinadas por um motorista bêbado. O movimento foi abraçado pelo Rafael e virou uma petição nacional e hoje está em todo Brasil, o movimento representa todas as famílias, que sofrem com a dor da perda de uma pessoa querida, vítimas desses indivíduos”, afirma o publicitário mineiro Ava Gambel, criador da campanha.

Já foram recolhidas mais de 800 mil assinaturas e precisa de mais 450 mil para chegar ao Senado. Para Gambel o grande problema é quem mata, sabe que no outro dia está em liberdade que nada vai acontecer. Ele sabe que pagando duas cestas básicas está livre e podem viver normalmente. O blog criado pelo jovem recebe testemunhos emocionantes de casos de histórias interrompidas pela imprudência de terceiros.

Fonte: Notícias BR

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