Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Menos de 10 empresas estão homologadas para monitorar veículos


Por Mariana Czerwonka Publicado 05/12/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h55
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A partir de janeiro de 2013, os veículos sairão de fábrica com equipamento de monitoramento via satélite, mas em virtude de indecisões do CONTRAN, empresas demoram a efetuar homologação

Após constantes adiamentos de prazo, os veículos deverão sair de fábrica equipados com o Sistema Integrado de Monitoramento e Registro Automático de Veículos, conhecido como SINIAV, a partir de janeiro de 2013. Ainda assim, as empresas que realizam o monitoramento via satélite demoram a regularizar suas homologações junto ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), em virtude de diversas modificações de tecnologias e softwares exigidos pelo órgão. Ainda são menos de 10 empresas cadastradas para fornecer o serviço em todo território brasileiro, faltando menos de dois meses para a medida entrar em vigor.

– Existe certo atraso, em virtude de diversas solicitações e mudanças de exigências por parte do Conselho. Cada vez que os departamentos federais que regulamentam as leis de trânsito implantam um novo sistema, as empresas devem adequar suas ferramentas para manter a homologação, o que causa prejuízos aos empreendedores. Justamente por isso, a maioria está esperando que a resolução finalmente entre em vigor, para evitar mais custos – explica o gerente operacional da especialista em segurança Volpato, Cristiano Almeida.

A Resolução foi publicada pelo CONTRAN no dia 27 de julho de 2007, e seu primeiro artigo exigia que todos os veículos novos, nacionais ou importados, poderiam ser comercializados exclusivamente com o equipamento instalado, após 24 meses a partir da sua publicação. A instauração foi prevista para 2009, mas entrará em vigor apenas quatro anos mais tarde. Durante este tempo, muitas modificações de tecnologias foram exigidas das prestadoras de serviço.

Um dos motivos que pode ter levado a este atraso seria a pressão por parte das seguradoras de veículos, que se posicionam contra a medida. Afinal, muitos consumidores podem vir a não optar pelo seguro contra furto ou roubo, em virtude da segurança proporcionada pelos equipamentos de rastreamento veicular.

Outra razão é a constante polêmica sobre a privacidade dos motoristas, que seria supostamente perdida, já que as informações sobre o posicionamento dos veículos seria conhecida pelos órgãos competentes durante 24 horas por dia. Contudo, esta hipótese é rechaçada pela mesma resolução do CONTRAN, que assegura que a obrigatoriedade é das fábricas ao disponibilizar o equipamento previamente instalado, porém não ativado. Caberá ao proprietário do veículo decidir sobre a habilitação do equipamento junto aos prestadores do serviço.

– As pessoas, em sua grande maioria, são a favor da implantação do sistema. Afinal, o custo é mínimo e a segurança é muito maior. Temos um índice de recuperação em 98% dos casos de roubos ou furtos – aponta Cristiano Almeida.

De acordo com o gerente operacional da Volpato, quem ganha com a iniciativa é o cliente, que tem a opção de aderir ou não ao sistema de segurança e rastreamento veicular. Com o equipamento já instalado pelos fabricantes, não há riscos de panes elétricas ou perdas de garantias, em virtude de trabalhos realizados precariamente por empresas desqualificadas. Além disso, existe a possibilidade de contratar qualquer serviço do Brasil, já que basta o cliente enviar cópias de alguns documentos e do número de série do módulo para que a prestadora do serviço localize o equipamento e ative seu rastreamento.

 

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *