“Bateram no meu carro, e agora?”: confira dicas de como proceder em caso de sinistros
Especialista lista passos a serem seguidos para evitar maiores transtornos e oferece orientações de segurança no trânsito.
Sinistros de trânsito são uma preocupação constante para qualquer motorista. Imprevisíveis, eles podem acontecer a qualquer momento por diversos motivos: desatenção ao volante, excesso de velocidade, pouca distância entre veículos, falta de reação ou reação tardia, entre outros fatores. No Brasil, anualmente, ocorrem cerca de 1,3 milhões de acidentes, muitos deles pequenos, segundo dados do Ministério dos Transportes. As principais ocorrências são:
- Colisões traseiras, responsáveis por aproximadamente 30% dos acidentes, geralmente causadas pela falta de atenção e pelo não cumprimento da distância de segurança.
- Batidas em cruzamentos, comuns devido à desatenção com a sinalização e ao desrespeito às regras de prioridade.
- Danos aos faróis, retrovisores e às lanternas, causados por manobras inadequadas e pelo desrespeito às distâncias de segurança.
Uma das principais causas é o excesso de velocidade, como aponta uma pesquisa realizada pela Mobs2, empresa especializada em soluções tecnológicas para a redução de acidentes graves: 55% dos brasileiros “pisam fundo” no acelerador. Além disso, os acidentes representam um problema econômico significativo, podendo custar até 3% do PIB anual, segundo a Organização Mundial da Saúde. Entre os custos envolvidos estão os reparos dos veículos, assistência médica e a perda de produtividade decorrente das lesões ocasionadas pelos acidentes.
O que fazer em caso de sinistros?
Para resolver a dúvida que aflige muitos motoristas, especialmente os iniciantes, o primeiro passo é verificar se todos estão seguros e fora de perigo. Caso contrário, deve-se acionar a polícia ou o serviço de emergência imediatamente. Em seguida, como explica o supervisor de sucesso do cliente do V1 Assinatura, Fabio Nascimento Da Silva, é fundamental documentar a ocorrência: “É imprescindível registrar o ocorrido, gerando evidências para se proteger após um acidente. Fotos dos veículos, danos, posição na pista e de sinalizações relevantes são essenciais.”
A troca de dados de contato com o outro motorista e testemunhas, além de obter informações sobre o seguro e os dados do veículo, também são passos importantes. Além disso, registrar um boletim de ocorrência e repassar todas as informações à seguradora ou locadora o mais rápido possível é fundamental para garantir a proteção de seus direitos.
Como assegurar que o causador do acidente cumpra seus deveres
De acordo com Fabio, documentar a ocorrência é o fator principal nesse caso, pois registra a dinâmica do acidente e o cenário, “pintando o quadro” do que realmente aconteceu, além de detalhar possíveis infrações. “Isso ajuda a evitar o ‘diz-que-me-diz’, fornecendo provas que podem ser analisadas pela perícia para identificar o responsável pelo acidente”, explica. Em casos de resistência por parte do outro motorista em fornecer informações, é importante anotar a placa e o modelo do carro, que devem ser informados ao registrar o boletim de ocorrência. Se o terceiro possuir seguro, ele deve registrar o acidente e fornecer o código do sinistro da seguradora. No caso de seguros menores ou cooperativas, anote o nome completo do proprietário e a placa do veículo.
A importância do seguro
Para dirigir com mais tranquilidade, o seguro automotivo é essencial. “Há uma série de benefícios que visam proteger o motorista, proporcionando uma experiência de condução mais segura”, afirma o supervisor. Além de oferecer segurança e alívio econômico em caso de acidentes, os seguros incluem uma variedade de coberturas personalizáveis: desde danos causados por desastres naturais ou furtos, até assistência para reboque, despesas médicas relacionadas a acidentes e a valorização do veículo. Existem sempre opções de seguro para atender às necessidades específicas de cada motorista. Apesar disso, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), cerca de 70% dos veículos no Brasil ainda não estão assegurados.
Escolher um seguro pode parecer uma tarefa complicada, mas Fabio afirma que é mais simples do que parece: “É importante responder a perguntas como: Quais são minhas necessidades como motorista? Qual seguro cabe no meu orçamento? Moro em uma área onde meu carro está sujeito a desastres naturais? No Paraná, por exemplo, recentemente ocorreram ventos fortes causados por mudanças climáticas abruptas, que resultaram em árvores caindo sobre carros em várias cidades. Investir em um seguro adequado pode ajudar a mitigar o impacto econômico desses eventos.”
O V1, que atua com locação e assinatura de carros, oferece proteções contratuais contra avarias, furto, roubo e incêndio, conforme as condições e franquias estabelecidas no contrato. Além disso, disponibiliza coberturas adicionais para proteção de vidros, faróis, lanternas e retrovisores, bem como a opção de carro reserva em casos de sinistros, dentro do prazo escolhido pelo cliente.
Segurança no trânsito
Dirigir com segurança é responsabilidade de todo motorista, mas como melhorar a condução? Fabio destaca alguns elementos fundamentais: “Alguns dos cuidados óbvios, mas que muitos acabam ignorando, são justamente os mais importantes. ‘Se beber, não dirija’; ‘use cinto de segurança’; ‘não use celular ao volante’ são exemplos básicos de cuidados que todo motorista deve seguir. Afinal, são normas reforçadas por lei e fazem parte das orientações do Código de Trânsito Brasileiro. Outro fator significativo para ter mais segurança no trânsito é participar das aulas de direção defensiva, que ajudam a evitar o envolvimento em acidentes.”
Outras dicas importantes incluem respeitar a sinalização, manter distância segura entre veículos, estar sempre atento à condução bem como realizar a manutenção regular do veículo, diminuindo o risco de imprevistos decorrentes de desgaste.
“Trânsito seguro é dever de todos, e podemos alcançar índices de acidentes cada vez menores por meio da conscientização coletiva”, finaliza o supervisor do V1.