Estacionar a menos de 5 metros de esquinas eleva riscos de acidentes
Motoristas em São Carlos ignoram lei e deixam carros em locais proibidos. Infração prevê multa de R$ 85,12 e a perda de quatro pontos na CNH
Estacionar a menos de cinco metros de uma esquina é proibido, mas em São Carlos (SP) muitos motoristas insistem em burlar a lei. O Código Brasileiro de Trânsito estabelece multa de R$ 85,12 e perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para quem comete a infração. A irregularidade prejudica o campo de visão dos demais condutores e pode contribuir acidentes.
“O risco é grande porque atrapalha a visibilidade de quem tem que tomar a decisão de atravessar uma via preferencial. O motorista acaba fazendo uma manobra arriscada”, ressaltou José Leomar Fernandes Júnior, professor do Departamento de Trânsito da Universidade de São Paulo (USP).
Um levantamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) apontou que 35% dos acidentes de trânsito registrados na região de São Carlos (SP) ocorrem em cruzamentos. Segundo os dados apurados, as batidas são transversais.
Na procura por uma vaga, muitos motoristas acabam escolhendo passar em cima da lei e deixam os carros próximos às esquinas. A situação faz com que outros condutores avancem com seus veículos para ganhar visão. Com isso, podem ocorrer colisões. “A gente tem que chegar quase no meio da rua, é difícil para enxergar”, disse a costureira Luiza Oliveira.
Nas ruas da cidade há flagrantes de veículos parados em cima da faixa de sinalização que indica a distância permitida para estacionar. Apesar de não ser obrigatória, a sinalização ajudaria a amenizar o problema, segundo o especialista da USP.
“Não só isso, mas criar estacionamentos para motos em alguns pontos mais críticos impediria a parada de um veículo, uma van ou um caminhão que bloqueariam a visibilidade”, avaliou o professor.
O caminho por um trânsito mais seguro depende da regra mais básica de convivência: respeito. “Aquele pequeno desrespeito pode ter uma consequência grave”, ressaltou o especialista da USP.
Fonte: G1 Notícias