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11 de dezembro de 2024

Ferrofrente sugere melhorias no setor ferroviário ao Ministério dos Transportes

ONG, que defende a ampliação do setor ferroviário, tenta mostrar a importância em conciliar as pesquisas pensando conjuntamente nos conceitos de mobilidade inteligente.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 22/01/2023 às 13h30
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Setor ferroviário
Ferrofrente destacou o peso do modal ferroviário no interior de um sistema de transportes multimodal. Foto: Divulgação.

O Ministério dos Transportes abriu uma consulta pública para receber sugestões sobre o setor de transportes no Brasil, tanto rodoviário como o ferroviário. A Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente) fez sua contribuição e propôs alternativas e ideias para a melhora e desenvolvimento do segmento fundamental para o desenvolvimento do País.

A Ferrofrente destacou o peso do modal ferroviário no interior de um sistema de transportes multimodal, que colocam custo e eficiência como duas faces de uma mesma moeda, a competitividade.

“Há de se considerar que determinados aspectos precisam ser pensados e refletidos conjuntamente, tais como fatores que têm peso financeiro e ambiental quando comparados, por exemplo, os modais rodoviário e ferroviário, pois este, dado as características de sua utilização, implica em menor poluição, menor dano ambiental em todos os sentidos, como também menor incidência de ruídos e acidentes”, disse o presidente da Ferrofrente, o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.

Mobilidade inteligente

A ONG defendeu a importância em conciliar as pesquisas pensando conjuntamente nos conceitos de cidade inteligente e mobilidade inteligente. Dessa forma, enxergando na integração o único meio de conciliar estas duas dimensões da mobilidade urbana. Ou seja, não conseguimos mensurar projetos isolados, focados num único modal, com base em sua infraestrutura, deslocada dos demais modais e suas respectivas infraestruturas. A integração passa a ser, então, uma demanda amplamente regional que incorpora em si toda a estrutura e infraestrutura que permite a mobilidade de todos os modais, criando formas de integrá-las a partir da intervenção nas infraestruturas existentes e da criação de novas infraestruturas.

De acordo com José Manoel, é preciso modernizar, ampliar, organizar, integrar e garantir modicidade tarifária. Além disso, dar mais segurança e conforto aos passageiros e custos competitivos nos deslocamentos dentro do país. Dessa forma, despoluindo, desburocratizando, humanizando o caótico sistema de transporte de cargas, gerando economia de escala, reduzindo o preço dos alimentos que chegam à mesa dos trabalhadores, das famílias brasileiras.

Por outro lado, tal providência, aumentaria nossa capacidade de competir nos mercados do exterior, enriquecendo assim toda a nação.

“Decisões políticas precisam ser tomadas pensando no longo prazo. Há um problema estrutural e um problema cultural, que só vai mudar com educação para cidadania e para política. Temos que voltar a ter orgulho de nossas ferrovias”, declarou o engenheiro.

A entidade propôs ainda  a incorporação de Conselhos Gestores junto ao setor ferroviário, como forma de potencializar sua participação junto aos sistemas de transportes. Isto porque esses conselhos agregam vários atores da sociedade civil, a partir de uma participação ativa junto aos gestores das ferrovias. E, com isso, contribuírem de maneira colaborativa em várias dimensões da gestão. Como, por exemplo, a formulação de diretrizes de trabalho, o acompanhamento, a avaliação das ações com sugestões de melhoria, controles, registros, assessoria, e outras tantas atividades que concorrem para uma gestão mais focada em resultados positivos. “Cabe ressaltar a isenção de interesses políticos e econômicos desses conselhos. Sendo formados por atores da sociedade civil, o aspecto no qual estão interessados é a promoção da qualidade dos serviços que são prestados à população. O objetivo final é o bem estar social da comunidade”, afirmou José Manoel.

A consulta pública abordou sete pontos: Competitividade; Segurança; Qualidade; Inovação e desburocratização; Eficiência e Sustentabilidade; Informação, Comunicação e Articulação Institucional, e Governança.

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