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10 de fevereiro de 2025

Mais da metade dos ciclistas no Brasil já sofreu algum acidente


Por Mariana Czerwonka Publicado 02/08/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h07
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Morte de ciclistasUma pesquisa feita em grandes cidades concluiu que Salvador é a capital brasileira mais perigosa para os ciclistas

Uma pesquisa feita em grandes cidades concluiu que Salvador é a capital brasileira mais perigosa para os ciclistas. Só que esse risco não é exclusividade dos baianos. Pelo país, mais da metade dos ciclistas dizem que sofreram algum tipo de acidente. Eles reclamam da imprudência ao volante e da falta de espaço para bicicletas se deslocarem.

Ary chega a pedalar 40 quilômetros por dia em Salvador. Ele é um ciclista cuidadoso e mesmo assim já passou sufoco.

“Fui atropelado por um veículo, que inclusive o condutor não me socorreu. Ele parou e depois evadiu-se”, conta Ary Gil Cerqueira, músico.

Casos parecidos se repetem pelo país. Uma pesquisa recente ouviu quase dois mil ciclistas em sete capitais. Em Salvador, 56% dos entrevistados disseram que já sofreram algum acidente no trânsito. Curitiba aparece em segundo lugar, seguida de São Paulo e Brasília.

As estatísticas do órgão municipal de trânsito confirmam o perigo de se deslocar sobre duas rodas na terceira maior capital do país. Em comparação com os primeiros meses do ano passado, o número de acidentes envolvendo ciclistas teve um salto de 70%.

Foram 46 ocorrências em Salvador entre janeiro e abril deste ano, o dado mais recente. Dois ciclistas morreram. Quem pedala diz que os motoristas são os maiores culpados.

“Às vezes a gente está passando e eles estão vendo pelo retrovisor e dão fechada na gente para que a gente saia da pista”, ressalta Jorge Silva, ciclista.

Mas não é difícil flagrar gente pedalando na contramão de avenidas movimentadas com a pista molhada, atravessando sem segurança e até nas calçadas.

“Antes a gente dividir a calçada com os pedestres do que dividir com o carro”, comenta Raimundo de Jesus, ciclista.

Segundo a prefeitura, Salvador tem hoje 50 quilômetros de faixas exclusivas para ciclistas. Mas para o especialista Elmo Felzemburg ainda é pouco.

“Precisamos projetar um sistema cicloviário, uma infraestrutura para a bicicleta trafegar com segurança, constituída de ciclovias, ciclofaixas, travessia seguras nas interseções e outros elementos que façam com que seja confortável e seguro você circular de bicicleta na cidade”, afirma Elmo Felzemburg, especialista em trânsito.

A Superintendência de Trânsito de Salvador disse que a administração atual ampliou em 25% a malha de ciclovias da cidade.

Fonte: Bom Dia Brasil

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