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07 de outubro de 2024

Motorista terá de parar para pessoas passarem


Por Mariana Czerwonka Publicado 30/04/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h52
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A fase inicial da campanha pela redução de atropelamentos prevê que marronzinhos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e orientadores de tráfego trabalhem principalmente na conscientização dos motoristas sobre a importância de respeitar os pedestres. A orientação será não só fiscalizar, mas também evitar que as infrações aconteçam. Após um período de avaliação, que deve durar cerca de um mês, a aplicação de multas para quem desrespeitar a Zona Máxima de Proteção ao Pedestre (ZMPP) será intensificada. Sempre que a pessoa pisar sobre a faixa de pedestres nos 11 pontos escolhidos, orientadores de tráfego vão balançar bandeiras na frente dos veículos. Agentes da CET, cujo efetivo será reforçado nessas áreas, também deverão parar o trânsito para garantir a travessia segura. “O objetivo é envolver a sociedade. Mas, depois de um tempo, haverá intensificação da fiscalização, até para que os motoristas saibam que serão punidos se descumprirem as regras”, diz o secretário dos Transportes, Marcelo Cardinale Branco. Parte do programa da capital paulista será inspirada no que foi adotado em Brasília em 1998. Um forte trabalho de conscientização e o aperto na fiscalização fizeram aumentar o respeito às regras de trânsito, principalmente em relação aos pedestres. Na capital federal, em vias não expressas, todos os veículos são obrigados a parar – e param – sempre que uma pessoa usa a faixa de segurança. Uma diferença em relação a São Paulo é que os trabalhos na maior cidade do País serão aplicados em três casos: sem semáforo, apenas com semáforo para pedestres e em locais com semáforos para pedestres e motoristas. Além de trabalhar na conscientização, a CET estuda eliminar “pontos de conflito” entre motoristas e pedestres, como no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Lá, uma das medidas em estudo pelos técnicos é manter a conversão à direita sempre com sinal verde no semáforo para os motoristas, a exemplo do que ocorre em vias de Nova York. Os veículos só seriam obrigados a parar quando um pedestre estivesse atravessando no local. Multas. Apesar de reconhecer a importância das medidas, motoristas temem que a nova postura do poder público seja mais uma forma de arrecadar recursos para os caixas da Prefeitura. “Tem de multar quem desrespeitar a regra, mas não pode punir também motoristas que não pararem em faixas de pedestres em que o fluxo de carros é contínuo. É mais fácil um pedestre esperar do que parar toda uma avenida”, diz o gerente administrativo Daniel Lourensso, de 28 anos. Os pedestres, por sua vez, acreditam que apenas multas pesadas podem trazer mudanças. Eles também reclamam da falta de agentes e PMs nas esquinas. “Quando um motorista vê um marronzinho, ele muda a forma de agir, mas não adianta nada ter um em uma esquina enquanto nas outras ninguém para”, diz a professora Maria Paula Fernandes, de 34 anos. Para Lembrar Esta não é a primeira campanha lançada pela Prefeitura para tentar reduzir os atropelamentos. Em dezembro de 2008, o então secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, anunciou que agentes da CET reforçariam a fiscalização sobre veículos que desrespeitassem a faixa de pedestres. Além disso, atores e palhaços fariam encenações nos cruzamentos para conscientizar os motoristas. As operações, chamadas de Travessia Segura, se mantiveram até o ano passado, mas sem frequência determinada. Fonte: Estadão

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