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25 de janeiro de 2025

Nova tecnologia de radares permite uma fiscalização mais precisa e eficiente


Por Pauline Machado Publicado 14/06/2022 às 11h15 Atualizado 08/11/2022 às 21h08
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De acordo com a OMS, o radar é considerado uma importante e eficaz ferramenta de controle de velocidade nas cidades. E o controle de velocidade é essencial para a segurança no trânsito.

A evolução tecnológica dos últimos anos aconteceu em ritmo acelerado. O mundo evoluiu em vários sentidos, e hoje, muitas coisas que eram impensáveis há alguns anos, já são uma realidade, como por exemplo, carros que dirigem sozinhos, Carteira de Habilitação, Título de Eleitor e Carteira de Trabalho no celular, e até mesmo o Pix. Inovações que facilitam o dia a dia dos cidadãos e que mostram o quanto essa transformação pode afetar a todos. E essa evolução chegou também a tecnologia de radares que fiscalizam a velocidade dos veículos no trânsito.

Em Curitiba, por exemplo, a tecnologia de radares passou por mudanças pois, segundo os órgãos fiscalizadores, a usada anteriormente não era tão precisa e dava margem para que a velocidade máxima não fosse respeitada.

Conforme esclarecimentos da Superintendência de Trânsito de Curitiba (Setran), a grande diferença entre a tecnologia de radares usada anteriormente para a de agora, chamada de não intrusiva, é que ela permite cobrir a totalidade da área definida para a fiscalização, sem as chamadas áreas de sombra.

Sensores Dopplers

Ainda, segundo a Setran, os novos equipamentos que começaram a ser instalados em maio de 2021 em Curitiba, possuem não apenas uma nova forma de fiscalizar velocidade, mas, sim, quaisquer infrações de cunho não metrológico também.

“A nova tecnologia de radares consiste na emissão e rebatimento de ondas mecânicas através de sensores Dopplers, instalados próximo às câmeras e ao gabinete principal, e também de laços virtuais, que funcionam como pontos de referência para geração das imagens, os quais são configurados por meio dos softwares das empresas”, explica o órgão.

A forma anterior de medição da velocidade utilizava laços físicos instalados dentro do asfalto. E tinha como princípio, a interação do campo magnético gerado pelo dispositivo com a massa metálica dos veículos. “No entanto, motocicletas conseguiam por muitas vezes, escapar da fiscalização. Isso porque existiam áreas da via que os laços não conseguiam cobrir, principalmente entre as faixas e próximo aos bordos da pista de rolamento. Já com a nova tecnologia, toda a área da pista de rolamento é completamente fiscalizada. Isso garante um melhor nível de detecção e fiscalização”, argumenta a Setran.

Para a Setran, a motivação principal dessa mudança foi proporcionar uma fiscalização mais efetiva, principalmente com motocicletas. Este, atualmente, são o meio de locomoção que apresenta maior índice de óbitos entre todas as categorias. Além disso, preservar o pavimento, tendo em vista que não há necessidade de instalação de laços físicos no asfalto.

Por que se chama a tecnologia de radares de não intrusiva?

O método utilizado atualmente é chamado de não intrusivo, pois, não existem mais laços físicos instalados no pavimento.

“No que se refere à segurança, tendo uma detecção maior e mais efetiva, aumenta-se de forma proporcional o nível de respeitabilidade dos condutores aos limites de velocidade. Assim como para o avanço de semáforo, parada na faixa de pedestres e etc”, finaliza o órgão.

Legislação

Qualquer dispositivo eletrônico instalado na via deve estar em consonância com as Resoluções 798/2020 e 804/2020 do CONTRAN, para equipamentos que irão fiscalizar velocidade (metrológicos). E, também, a 920/2022 do CONTRAN para equipamentos que irão fiscalizar: avanço de semáforo, parada sobre a faixa de pedestres, conversões e retornos proibidos, faixa exclusiva de ônibus, transitar em local e horário não permitido e conversões obrigatórias, chamadas de não metrológicas.

Importância da fiscalização da velocidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências. Nesse sentido, o radar é considerado como uma importante e eficaz ferramenta de controle de velocidade nas cidades.

Em virtude da Década de Ações para a Segurança Viária 2011-2020, por exemplo, a ONU e a OMS divulgaram um vasto material para auxiliar os países a atingirem as metas propostas de diminuição de acidentes. Entre eles, o Manual da Gestão da Velocidade, elaborado junto com o Banco Mundial e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

O documento destaca a importância do combate ao excesso de velocidade.

“A velocidade excessiva e inadequada é o fator que mais contribui para a gravidade das lesões causadas pelos acidentes de trânsito. Quanto maior a velocidade, maior a distância necessária para parar um veículo e, portanto, maior o risco de ocorrer uma colisão. À medida que mais energia cinética deve ser absorvida num impacto em alta velocidade, maior o risco de lesão caso a colisão venha a ocorrer. Ou seja, a gestão da velocidade constitui uma ferramenta muito importante para melhorar a segurança no trânsito”, informa o estudo.

Penalidades

As penalidades para quem ultrapassa os limites de velocidade estabelecidos em lei estão previstas nos termos do Art. 218 do CTB. Conforme a legislação, as infrações podem variar de média a gravíssima, dependendo da velocidade registrada. Inclusive, se a velocidade registrada for superior à máxima em mais de 50%, a penalidade prevista é uma multa de R$ 880,41 e suspensão direta do direito de dirigir.

*Edição final Mariana Czerwonka

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