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ONG dá 10 dicas infalíveis para salvar a vida das crianças no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 02/07/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h49
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Crianças no trânsitoEm todo o mundo, a cada quatro minutos, uma criança perde a vida prematuramente no trânsito. Só no Brasil são 1862 mortes e um número ainda maior de hospitalizações.

Em 2012, segundo o Datasus, 1.862 crianças de até 14 anos morreram vítimas do trânsito. Deste total, 31% corresponderam aos atropelamentos, 30% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 9% como passageira de motocicleta, 7% na condição de ciclista e os 23% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito. Além das mortes, 14.720 crianças foram hospitalizadas vítimas de acidentes de trânsito.

Pensando nisso, a Ong Criança Segura lista abaixo as 10 formas de evitar que estes acidentes aconteçam, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde):

1. Controlar a velocidade das vias

Um terço dos eventos fatais no trânsito nos países desenvolvidos, e mais da metade dos casos em países de baixa e média renda, são motivados por alta velocidade. Vias longas e retas que passam em frente a escolas, residências e comércios propiciam o desenvolvimento de altas velocidades e colocam as crianças em riscos significativos.

2. Erradicar a direção sob o efeito de bebida alcoólica

Condutores jovens inexperientes com níveis de alcoolemia de 0,05 g/dl correm um risco 2,5 vezes maior de se envolver em acidentes de trânsito, comparativamente a condutores mais velhos e experientes. Um risco elevado para as crianças na condição de pedestres, ciclistas e ocupantes de veículos refere-se às pessoas que estão sob efeito de álcool. Beber e dirigir aumenta não só a chance de gerar eventos como colisões e atropelamentos, mas também a probabilidade dessas ocorrências resultarem em morte ou lesão grave. O risco começa a subir significativamente quando o condutor apresenta concentrações de álcool no sangue (CAS) de cerca de 0,04 g/dl.

3. Garantir o uso obrigatório de capacetes em ciclistas e motociclistas

Para as crianças, usar capacete é a estratégia mais eficaz para reduzir o risco de lesões na cabeça ao andarem de bicicleta ou motocicleta. Para os ciclistas de todas as idades, o uso adequado do capacete diminui o risco de uma lesão na cabeça em 69%, enquanto que para os motociclistas de todas as idades, o uso adequado de um capacete reduz o risco de morte em 40% e o risco de lesão grave na cabeça em mais de 70%.

4. Usar mecanismos de retenção para crianças nos veículos – as cadeirinhas

De maneira geral, os sistemas de retenção reduzem a probabilidade de lesões fatais em cerca de 70% entre bebês e de 54% a 80% entre as crianças menores. Há diversos tipos de sistemas de retenção de acordo com o peso e faixa etária da criança, incluindo bebês-conforto, cadeirinhas para crianças, assentos de elevação e cintos de segurança. Comparado apenas à utilização do cinto de segurança, estima-se que o uso de assentos de elevação reduz em 59% o risco de danos em crianças de quatro a sete anos, prevenindo lesões significativas. Veja aqui qual o dispositivo correto para cada tamanho de criança.

5. Ensinar as crianças a verem e serem vistas no trânsito

Ver e ser visto são pré-requisitos fundamentais à segurança de todos no trânsito, mas são de particular importância para crianças dado à sua peculiar vulnerabilidade. Por exemplo, motos em movimento com faróis ligados, independentemente da hora do dia, reduzem as taxas de acidentes neste grupo de usuários da via em 29%. As estratégias para “ver e ser visto” são: usar roupas claras, desenvolver grupos que caminham no trajeto “casa-escola-casa” de forma organizada e visível, recrutar guardas uniformizados para monitorar a travessia de crianças, utilizar faróis em bicicletas, melhorar a iluminação da rua.

6. Melhorar a qualidade da infraestrutura viária

Historicamente, as vias têm sido construídas, principalmente, para o benefício do transporte motorizado, com pouca consideração às necessidades das comunidades por onde passam. A construção de novas infraestruturas viárias e a modificação das existentes com foco na segurança melhora as condições de vida das comunidades reduzindo também os riscos de acidentes com crianças no trânsito.

7. Adaptar o design dos veículos

Projetos e padrões veiculares podem contribuir para a segurança das crianças dentro e fora de um veículo, incluindo as que utilizam bicicletas e motocicletas. Muitas medidas de segurança veicular protegem todos os usuários da via, mas algumas são específicas para crianças ou têm maior potencial de reduzir os riscos de colisões, como: dispositivos que absorvem o impacto; partes externas que sejam menos danosas aos pedestres atingidos, câmeras e alarmes sonoros que detectam objetos ou pessoas em pontos cegos dos veículos etc. 

8. Reduzir riscos para os adolescentes no trânsito

Em alguns países crianças a partir dos 15 anos de idade já têm permissão para dirigir. Contudo, condutores jovens respondem por um grande número de acidentes de trânsito em todo o mundo. Os fatores que contribuem para isso incluem exceder a velocidade, dirigir sob efeito de álcool ou outras drogas e enviar mensagens de texto por celular enquanto dirigem. Maiores restrições à licença para dirigir, como as dos programas de licenciamento graduado, podem resultar em reduções gerais significativas dos acidentes e das mortes no trânsito. Esses programas seguem uma abordagem gradual em etapas, de modo que um motorista iniciante pode adquirir experiência ao volante com restrições até que obtenha maiores prerrogativas para dirigir.

9. Prover cuidados apropriados para crianças feridas no trânsito

O reforço dos serviços de atenção emergencial e de reabilitação são a abordagem mais adequada para melhorar a recuperação de todas as vítimas no trânsito. Mas existem particularidades quando falamos de crianças. Devido à pouca idade e a extraordinária capacidade de recuperação, as crianças que receberem atenção qualificada às suas lesões, em tempo hábil, se curam melhor que pessoas de outras idades.

10. Supervisionar as crianças quando próximas das ruas

As crianças pequenas têm uma capacidade limitada para avaliar o risco. Assim, pais e outros responsáveis devem desempenhar um papel importante no sentido de ajudar as crianças a interpretar o que ocorre ao seu redor. Esse papel de supervisão é particularmente útil para garantir a segurança das crianças em ambientes viários complexos. A supervisão por si só não substitui as medidas descritas acima, mas podem complementá-las e reforçá-las. A supervisão incluiria, por exemplo, garantir que as crianças usem capacetes, assentos adequados nos carros e cintos de segurança, além de respeitar os protocolos estabelecidos para zonas de segurança da escola.

A supervisão, combinada a outras estratégias destacadas nesta lista, ajudará a reduzir a probabilidade de uma criança se envolver em um acidente de trânsito.

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