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02 de novembro de 2024

Redução do imposto sob peças pode ajudar nos custos do transporte


Por Mariana Czerwonka Publicado 22/07/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h34
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Um dos itens que contempla a planilha de custos das empresas de transporte, a autopeça tem hoje tributação que gera impacto de 50% sobre o valor do produto. Caso venham a ocorrer novos reajustes no imposto estadual em São Paulo, que já pratica o maior índice do País, poderá elevar os preços das peças ainda mais, o que ocasionará aumento nas planilhas de custo das empresas de transporte de carga e de passageiros

De acordo com a planilha de custos padrão da Prefeitura de São Paulo, o índice de consumo de peças e acessórios representa em torno de 6,27% do gasto total da operação de transporte coletivo urbano de passageiros, o que reflete diretamente no preço da tarifa, assim como acontece com outros itens, como óleo diesel, óleo lubrificante e pneus. Isso também acontece com frete no caso de empresas de transporte de carga, uma vez que o gasto de manutenção também faz parte da composição do preço do serviço.

O Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes da Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo) entende que, em um momento como este de insatisfação e questionamento da sociedade, o governo do Estado de São Paulo deveria rever a política tributária adotada que gera efeito cascata e vem provocando aumentos ano após ano. Na visão da instituição estadual dos empresários da distribuição de autopeças, com a simples mudança de cálculo já resultaria em redução de até 3,6% no preço final, isso se MVA incidisse apenas sobre a base do ICMS. Hoje incorre sobre todos os outros impostos e eleva também os tributos de esfera federal.

O setor de distribuição de autopeças acredita que deveria ser realizada uma análise crítica da sistemática da carga tributária em todos os segmentos que envolvem todo tipo de transporte (automóvel, motocicletas, ônibus e caminhão). Os empresários do setor de distribuição de autopeças estão vivendo acima do limite suportável com tantos impostos. Segundo a diretoria do sindicato, não dá para falar em reajuste do IVA (Índice de Valor Agregado) do ICMS para autopeças por meio da substituição tributária. Em 2012, no Estado de São Paulo, houve aumento de 40% para 65%, sendo que esse índice deve ser revisto até o final de setembro.

Todos os aumentos de impostos acabam gerando reajuste de preços, tornando as empresas menos competitivas e inibindo o consumo, pois quem acaba pagando a conta é o consumidor, além de repercutir no custo de vida da população.

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