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08 de novembro de 2024

10 dicas para um bom test drive antes da compra do carro


Por Talita Inaba Publicado 11/04/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h42
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Fazer o test drive é um direito de todo consumidor antes de comprar um carro zero. Todas as montadoras cedem às concessionárias um carro de cada modelo para que os clientes possam dirigi-los antes de decidir pela compra. “Ninguém deveria comprar um carro sem fazer um test drive”, diz Amos Lee Harris Jr., diretor da Universidade Automotiva (Uniauto). Mas você sabe exatamente o que observar ao testar um veículo? Veja na lista a seguir o que você deve observar: 1) Fazer um test drive não é um compromisso de compra Fazer o test drive é um direito do consumidor e toda concessionária deve disponibilizar um carro para test drive de cada modelo. Amos Lee Harris Jr. alerta que muitas concessionárias usam o test drive como argumento de venda, para fazer o consumidor sentir que tem a responsabilidade de comprar aquele carro depois de dirigir um exemplar do modelo. Porém, esse compromisso não existe. 2) Verifique se você se sente confortável É preciso se sentir confortável ao sentar-se, regular bancos e espelhos e dirigir o veículo. A revista americana Consumer Reports, que testa uma série de produtos, incluindo carros, aconselha o motorista a observar se a condução é macia ou dura e o quanto a suspensão isola o motorista do piso. Isto é, as falhas no asfalto são muito evidentes ou o carro é macio e fácil de controlar ao passar por elas? A publicação lembra que, por mais encantadores que sejam, carros esportivos costumam acentuar cada pequena falha da estrada. 3) Cheque se a aceleração responde bem A aceleração tem a ver com a potência do motor e com a transmissão. Se você está testando um carro mais potente que o que você já tem, vai perceber as diferenças. Você sente dificuldade em acelerar? O acelerador é mais leve ou mais pesado? Você consegue facilmente acompanhar o trânsito ao acelerar a partir de uma parada? Note também quanto tempo leva para perceber que é necessário mudar de marcha. Compare modelos de mesma motorização, para saber quanto é preciso acelerar antes de trocar a marcha, aconselha Amos Lee Harris Jr. 4) Avalie os freios De acordo com a Consumer Reports, é um pouco difícil avaliar os freios sem ajuda profissional, mas há alguns pontos que você pode perceber. Eles respondem bem? Dão trancos? Pressione-os com leveza e com mais força. Segundo a revista, a frenagem deve ser macia e progressiva, sem que a parada seja muito brusca ou muito demorada. 5) Direção não deve responder nem rápido nem devagar demais Se seu carro tem direção mecânica e você vai testar modelos com direção hidráulica ou elétrica, de cara vai perceber uma leveza muito maior na hora de manobrar. “A diferença entre a direção mecânica e a hidráulica é gritante”, diz Amos Lee Harris Jr. Perceba ainda como o carro responde às manobras. É preciso fazer leves correções da direção quando você está andando a uma certa velocidade? Segundo a revista Consumer Reports, a direção deve ser fácil de controlar e de manobrar, não devendo responder nem rápido demais nem devagar demais, exigindo que o motorista gire demais o volante para fazer uma manobra. “Você deve obter bom feedback por meio do volante sobre o que o carro está fazendo na estrada; alguns sistemas de direção dão a sensação de estarem desconectados das rodas”, diz a publicação. Faça o test drive em silêncio, sem que o rádio esteja ligado, para perceber o nível de ruído do motor, do vento, do trânsito ou dos pneus que pode ser percebido dentro do veículo. Segundo a revista Consumer Reports, se o barulho do motor é muito alto sob grande aceleração ou velocidade, provavelmente ficará pior com o tempo. Ainda segundo a revista, retrovisores laterais mal desenhados acentuam o ruído do vento, e pneus de alta performance (como aqueles de carros esportivos) e pneus off-road (encontrados em SUVs e picapes) são os mais barulhentos. 7) Boa visibilidade é fundamental Por meio de vidros e espelhos, verifique se as colunas são grossas ou finas, se há boa visibilidade do perímetro e da via à sua frente, e se a visibilidade do vidro traseiro é boa, principalmente na hora de dar ré e estacionar. Infelizmente no Brasil em geral não é possível solicitar um test drive à noite, para verificar a qualidade da visibilidade e do sistema de iluminação do veículo. “É por uma questão de segurança e também porque o expediente das concessionárias costuma se encerrar por volta das 18h ou 19 horas”, explica Amos Lee Harris Jr. 8) Solicite um teste na sua garagem Embora os test drives já tenham um roteiro pré-estabelecido, em que se incluem ladeiras, vias de diferentes qualidades de asfalto e vias planas, é possível solicitar ao vendedor um teste para entrar na garagem da sua casa e verificar se é fácil ou difícil estacionar. “As concessionárias não dão muita liberdade no roteiro, para evitar abusos, mas é possível fazer o teste na garagem, desde que a pessoa diga que essa condição é crucial para ela decidir pela compra do carro”, aconselha o diretor da Uniauto. 9) Compare o modelo testado com o seu carro atual e com outros modelos semelhantes Se você já tem um carro, provavelmente vai comparar o modelo testado com seu modelo atual. Isso é importante para verificar o quanto o novo carro é melhor que o seu. Mas para não ficar muito deslumbrado com o novo modelo, convém testar uma série de modelos de uma mesma categoria para checar as diferenças que eles têm entre si. “De repente a concessionária não vai avaliar o seu carro por um preço tão bom, caso você esteja pensando em comprar outro modelo da mesma marca. Trocar seu carro atual por outro de uma marca diferente pode ser mais vantajoso, pois pode ser possível conseguir um preço melhor pelo seu carro atual. Afinal, o concorrente vai querer conquistar um novo cliente”, diz Amos Lee Harris Jr. 10) Se quiser testar melhor, alugue o modelo desejado Para o diretor da Uniauto, vale a pena alugar um exemplar do modelo desejado para poder testá-lo no seu trajeto para o trabalho e em outros tipos de via. Ao alugar um veículo por um fim de semana, por exemplo, você tem mais liberdade para definir suas rotas do que em um test drive. Fonte: Exame.com

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