Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Assembleia Geral da ONU busca acordo para reduzir acidentes de trânsito


Por Agência de Notícias Publicado 30/06/2022 às 20h20 Atualizado 08/11/2022 às 21h07
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Dados apontam que acidentes matam uma pessoa a cada 24 segundos; crianças e mulheres são as principais vítimas.

A Assembleia Geral da ONU se reúne nesta quinta e sexta-feira para debater a melhoria da segurança rodoviária. Segundo da líder do Fundo das Nações Unidas para a Segurança Rodoviária, Unrsf, Nneka Henry, a cada 24 segundos alguém morre no trânsito. Isso torna a segurança nas estradas do mundo um desafio de desenvolvimento global para todas as sociedades, especialmente as mais vulneráveis.

Compromisso político

O evento também conta com a participação da Organização Mundial da Saúde, OMS, que avalia como fundamental a declaração política que deve ser adotada pelos Estados-membros durante a reunião de Alto Nível. O documento busca um consenso para reduzir mortes e lesões no trânsito em 50% até 2030, o que seria “um marco para a segurança viária e a mobilidade sustentável”.

Segundo o diretor da OMS, “o futuro da mobilidade deve promover a saúde e o bem-estar, proteger o meio ambiente e beneficiar a todos”.

Tedros Ghebreyesus avalia que esse futuro exigirá liderança transformadora dos mais altos níveis de governo para agir de acordo com a Declaração Política.

Mortes em acidentes

De acordo com os dados apresentados pela líder do Unrsf às vésperas da sessão da Assembleia Geral, 500 crianças morrem em acidentes todos os dias, e na população adulta, as mulheres têm 17 vezes mais chances de morrer durante um acidente de carro do que os homens, mesmo ao usar cinto de segurança.

A OMS também destaca que mais de 50 milhões de pessoas perderam a vida nas estradas do mundo desde a invenção do automóvel. Isso representa mais do que o número de mortes na Primeira Guerra Mundial assim como em algumas das piores epidemias globais.

Apesar destas estatísticas, Nneka Henry afrima que a segurança rodoviária não é apenas um desafio para as mulheres ou para os jovens.

Para ela, o tema é importante para “cada um de nós que caminha, bem como pedala, anda de bicicleta ou dirige em estradas”.

Investimentos para segurança

Em paralelo a reunião na Assembleia Geral, também acontece a Conferência de Doadores do Fundo de Segurança Rodoviária da ONU. O Fundo foi criado em 2018 com a visão de “construir um mundo no qual as estradas sejam seguras para todos os usuários, em todos os lugares”.

Os investimentos financiam especialmente projetos em países de baixa e média renda, onde ocorrem cerca de 93% das mortes e lesões no trânsito. Ou seja, um dos trabalhos do Fundo tem sido harmonizar as resoluções padrão dos veículos com os 15 membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental.

A partir de 1º de julho, por exemplo, todos os veículos importados na região precisam estar abaixo do padrão Euro 4/IV. Isso quer dizer com baixa emissão de gases de efeito estufa, e não ter mais de oito anos. Entre outras realizações do Fundo estão a legislação no Azerbaijão para ajudar na resposta a emergências pós-acidente e a implementação de fiscalização dos limites de velocidade e outras regras de trânsito no Brasil e na Jordânia. Assim como a melhoraria da coleta de dados na Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim e Senegal e treinamentos para planejadores urbanos para tornar as zonas escolares mais seguras no Paraguai.

ODS

A segurança nas estradas também está integrada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de acordo com Unrsf. A melhoria das rodovias poderia permitir acesso mais seguro à educação, acesso das pessoas a mantimentos bem como reduzir as emissões de carbono na atmosfera. Já a redução pela metade as mortes e lesões no trânsito até 2030 se conecta com a ODS 3, sobre boa saúde e bem-estar.

As informações são da ONU News

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *