“Era obrigação ter parado”, diz pai de filha morta em batida com trem com ônibus escolar
Mesmo muito abalado, o pai da jovem Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, de 15 anos, conversou com a equipe do portal TNOnline, durante o velório da filha. A estudante foi uma das vítimas fatais do acidente entre trem e ônibus escolar em Jandaia do Sul, norte do Paraná. Inconformado, ele disse que a obrigação do motorista do ônibus escolar era ter parado no cruzamento.
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Adriano Salenta Pimenta estava próximo do local do acidente e encontrou a filha sem vida.
“Cheguei na hora, sai procurando minha filha e achei ela naquela situação. Era obrigação do motorista ter parado, ele estava carregando crianças. Deu para ver no vídeo o embalo que ele estava. Ele pode não ter ouvido a buzina do trem como ele alegou, mas a obrigação era ter parado. Não sei se ele achou que dava tempo, mas ali era um cruzamento”
desabafa Adriano
O pai cobra mais preparado dos motoristas que atuam no transporte escolar.
“Será que ele estava preparado mentalmente para transportar crianças? Tem que preparar bem a mente de um motorista. Ele era calmo? Agitado? Será que estava preparado? Ele disse que não ouviu o barulho do trem, não estou duvidando dele, mas era obrigação ter parado. É importante saber se um motorista que transporta crianças está preparado mentalmente ou não. Há mais de 10 anos minha filha fazia o mesmo trajeto de ônibus, pegava e deixava ela na porta de casa. Uma negligência que custou a vida das nossas crianças e deixou feridos”
argumenta o pai que perdeu a filha
Adriano também perdeu a sobrinha Maria Vitória Gomes Ferreira, de 11 anos. Ele e a família acreditavam que a criança estava internada no Hospital da Providência, porém descobriram na unidade que a menina havia morrido no local da batida. A irmã gêmea dela e o irmão, de 13 anos, seguem internados em estado grave.
Assista a entrevista completa: acesse o portal TNOnline, parceiro da Banda B, clicando aqui.