Família de jovem morta atropelada por caminhão cobra justiça em protesto na Linha Verde
A família de Letícia Kaefer de Oliveira, de 19 anos, que morreu atropelada por um caminhão-guincho em um ponto de ônibus na marginal da Linha Verde, em Curitiba, organizou um protesto na manhã deste sábado (18) para cobrar justiça. O motorista do caminhão envolvido no acidente foi preso em flagrante por consumo de álcool, mas deixou a prisão em seguida.
Com frases escritas em faixas, dezenas de pessoas ocuparam o ponto de ônibus onde Letícia foi atropelada. “Leca eterna”, “Buzine, Justiça, Leca” eram algumas das sentenças escritas. Em entrevista à Banda B, a mãe da técnica de enfermagem afirmou que, além de cobrar por justiça, o intuito do protesto é fazer com que o motorista envolvido no acidente volte à prisão.
“Querendo ou não, ele está solto. Queremos que ele vá para a prisão de novo. Eu vou lutar pela minha filha até o fim. Ela tinha acabado de se formar em enfermagem e estava pronta para começar o curso de socorrista, na terça-feira. Vamos fazer um momento de oração e soltar bexigas em homenagem a ela”, disse a mãe, emocionada.
Segundo Michele, prima da jovem, o motorista do caminhão cometeu crimes após ingerir álcool e assumir direção de veículo. “A partir do momento em que ele ingeriu álcool, pegou na direção e matou uma pessoa inocente, ele cometeu um crime e tem que pagar pelo que fez”, disse.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Letícia Kaefer foi atropelada pelo veículo enquanto aguardava um ônibus, na última segunda-feira (13), no bairro Pinheirinho, em Curitiba. O caminhão passou por cima do corpo da jovem.
Após ser detido pela Guarda Municipal (GM), o suspeito foi submetido ao teste de bafômetro, que indicou a ingestão de 0,24 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ao ser interrogado, o homem admitiu o consumo de álcool.
Ela será indiciado pelos crimes de homicídio culposo qualificado e omissão de socorro, segundo a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). A Polícia Civil aguarda laudos de criminalística e do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para concluir o inquérito.