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06 de junho de 2024

Bombeiros orientam condutores sobre como agir ao ouvir sirene


Por Mariana Czerwonka Publicado 19/02/2014 às 03h00 Atualizado 03/04/2023 às 11h19
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Cuidados ao ouvir a sireneNos últimos meses foram registrados dois acidentes considerados graves no cruzamento das ruas Tapir com Guarani, no centro de Pato Branco, envolvendo ambulâncias, tanto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), quanto do Corpo de Bombeiros. O primeiro deles aconteceu no dia 17 de dezembro, por volta das 9h, quando um veículo Fiat Fiorino colidiu transversalmente com uma ambulância do Samu. Pelo que foi levantado pela Polícia Militar na ocasião, a ambulância trafegava na rua Tapir e o Fiorino na rua Guarani, e ocorreu no semáforo. Com o impacto da colisão, o Fiorino tombou e estilhaços quebraram a vitrine de uma loja de eletrodomésticos. A condutora da Fiorino sofreu ferimentos leves e recebeu cuidados médicos no Pronto Atendimento de Pato Branco (PAM).

O outro acidente acontece no início da noite da última sexta-feira, por volta das 19h30, quando um veículo gol colidiu frontalmente com uma ambulância do Corpo de Bombeiros. De acordo com o relatório de ocorrências da Polícia Militar, o condutor do veículo gol foi atendido pelo Samu e, posteriormente, encaminhado ao Pronto Atendimento Municipal (PAM). Depois, encaminhado ao hospital. Conforme o Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a ambulância transitava pela rua Tapir sentido bairro Pinheiros/Centro quando no cruzamento com a rua Guarani colidiu com o veículo gol, que trafegava no sentido centro/Trevo Guarani.

Muitos motoristas alegam que não veem a aproximação das ambulâncias ou que não escutam suas sirenes, mas, segundo o tenente Genuíno Luiz Dalponte, do 2º Subgrupamento de Bombeiros Independente (SGBI), de Pato Branco, só acontece se o condutor estiver muito distraído ou com o som interno do veículo em um volume muito elevado.

Legislação

No entanto, não há justificativas, porque manter a atenção no trânsito é um dever do condutor, uma vez que quando ele frequenta as aulas teóricas para fazer a carteira de habilitação, recebe as lições sobre as preferências no trânsito, que fazem parte do conceito de direção defensiva.

Aliás, mais do que lições, são leis que fazem parte do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Consta no artigo 20, capítulo III, inciso VII, do CTB, que “os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro (sirene) e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas do Código”.

Velocidade

O tenente Dalponte explicou que entre as orientações está o respeito aos limites de velocidade, principalmente nos cruzamentos. “Ao ouvir a sirene, seja da polícia, do bombeiro ou de qualquer órgão de socorro, é preciso reduzir a velocidade para identificar de onde está vindo. Se vir da retaguarda do condutor, procurar estacionar ou ir para a faixa da direita, para que o veículo de socorro possa passar pela esquerda. No cruzamento, porém, o condutor deve avançar um pouco para dar a passagem, mas sem se colocar em risco. E nunca ‘furar’ o sinal vermelho”, frisou. A redução de velocidade, de acordo com as instruções do tenente, não deve ser brusca, para não acarretar em um acidente com os veículos que eventualmente vierem atrás.

Segundo Dalponte, os bombeiros também recebem orientações. Para atendimento de urgência e emergência, a viatura tem prioridade de deslocamento e de passagem e livre estacionamento e parada. Mas a responsabilidade de reduzir a velocidade, de aguardar que o outro veículo pare nos cruzamentos, é do condutor da viatura, até mesmo para evitar outro acidente. “O objetivo é chegar ao local o quanto antes, mas com segurança”, observou.

Preferencial

Diante desses acidentes, moradores da redondeza disseram que são a favor de que a rua Tapir seja preferencial no trecho entre a avenida Tupy e a rua Caramuru, já que é a rota das ambulâncias que se deslocam para os hospitais e para os bairros da Zona Sul. Questionado sobre essa possibilidade, o tenente Dalponte disse que seria muito bom para o atendimento de urgência e emergência, mas se trata de uma decisão de engenharia de tráfego, com base em estudos e que sabe o que é melhor para a fluência do trânsito de Pato Branco.

Fonte: Diário do Sudoeste

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