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07 de outubro de 2024

Música na sala de aula


Por Tecnodata Educacional Publicado 29/01/2020 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 21h54
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CNH musical

Enfrentar uma turma teórica de candidatos à CNH é um desafio didático significativo. Muito além de dominar o conteúdo e dispor de recursos didáticos de boa qualidade, o bom o instrutor de trânsito se empenha em despertar a atenção dos alunos. Muitos instrutores criativos levam para suas aulas elementos da cultura pop, como forma de atrair a atenção dos alunos, ambientar os assuntos e facilitar o aprendizado. O uso de canções conhecidas, com ou sem letras adaptadas, imagens – fotos, ilustrações, trechos de filmes, vestimentas e adereços, álbum de figurinhas, e até brinquedos – carrinhos! – podem ser utilizados como recursos auxiliares preciosos para envolver os alunos no assunto a ser trabalhado. Todas ótimas ideias para transformar uma aula ‘normal’ em uma aula super interessante.

“Muitas vezes o professor tem que sair da sua zona de conforto, buscando a criatividade, a inovação e métodos alternativos. Então ele consegue se superar e atribuir eficiência em suas aulas ao utilizar a criatividade a serviço da educação”, explica Isalda Cet. Geronimo, educadora organizacional e C.E.O da Hewysa Recursos Humanos. Ainda conforme a especialista, mesmo professores experientes podem qualificar ainda mais suas aulas, tornando-as mais agradáveis e atrativas, ao aprender a utilizar dinâmicas, trechos de filmes, textos referenciais adicionais ou músicas para atrair a atenção dos alunos. “Hoje em dia, o professor deve ser um “facilitador” do processo de aprendizagem”, afirma Isalda, que acumula mais de 16 anos de experiência como instrutora do Sebrae PR/SC e de diversas empresas privadas.

Perguntamos para vários instrutores o que ele fazem para ganhar a atenção dos alunos em suas aulas e ouvimos histórias surpreendentes, que revelam muita criatividade a serviço da didática, como levar para a aula seu álbum de figurinhas, Lego ou Autorama.

Outros decoram a sala com cartazes de filmes em que veículos se destacam tanto quanto os atores – Batman e seu Batmóvel, Speed Racer e seu Mach5, James Bond com seus bólidos incríveis, Marty McFly e seu DeLorian, e claro, o Fusquinha Herbie, “ator” e protagonista de um filme que é símbolo da nossa relação quase carnal com os automóveis. O que seria de filmes distópicos como Mad Max, ou reveladores como Ford vs Ferrari, sem seus incríveis veículos?

Mas do imenso universo da cultura pop, é a música, sem dúvida, o recurso extra-curricular mais acessível. “Levar um filme de 2 horas para a sala de aula pode ficar impossível dado a restrição de horários. Neste caso, o ideal é o instrutor recomendar o filme, pedindo que seus alunos assistam em casa ou no cinema, antes da aula. Ou ainda, exibir apenas o trailer durante a aula. No caso das músicas, estamos falando de tempos de 2 a 4 minutos, perfeitamente possíveis de serem inseridas dentro das aulas”, sugere Celso Alves Mariano, Diretor do Portal do Trânsito, palestrante e instrutor do Curso de Reciclagem EAD da Tecnodata Educacional. 

O importante quando se considera diversificar recursos didáticos nas aulas, é selecionar bem as fontes e não perder o fio da meada do vínculo com o assunto principal, ou seja, do conteúdo programático. Levar música ou qualquer outro recurso não usual para a sala de aula exige do instrutor uma habilidade simples, mas importantíssima nesta hora: conseguir juntar as peças para que haja sinergia didática positiva, e não ruído.

“Até neste aspecto a música é um ótimo recurso, tanto como ambientador quanto como complemento. Se as coisas não saírem como você planejou, é só retomar o plano original da aula e vai ficar tudo bem. Mas se você levou sua coleção de hot wheels, carrinho da Barbie ou videogame, e os alunos passaram a aula distraídos com brincadeiras de infância, a aula pode estar perdendo eficiência didática ao invés de ficar mais eficiente. É a sinergia negativa, que precisa ser evitada”, alerta Mariano.

Música na aula 

YouTube / RTPYouTube / RTP – 1966

O universo musical é um prato cheio para o assunto trânsito. “Em aulas de Cidadania, Infrações e Relacionamento interpessoal, a música Construção do Chico Buarque (letra música ), ajuda a invocar as questões sobre a violência do trânsito e a banalização da vida. Em Mecânica Básica, o Calhambeque do Roberto Carlos (letra música), o Mustang cor de sangue, do Wilson Simonal (letra música ), o Camaro amarelo, de Munhoz e Mariano (letra música) e até o clássico do mundo do rock Mercedes Benz, de Janis Joplin (letra e música), vão muito bem para falar da paixão por automóveis e de sua presença marcante em nossas vidas. O importante, nesta seleção, é encontrar uma música que possa ser contextualizada não apenas com o assunto da aula, mas sobretudo com o perfil da turma”, diz Celso Mariano.

E se você souber tocar um instrumento, for um bom cantor, tiver criatividade para fazer uma paródia ou ainda para compor letra e música, aproveite! Para ajudar os alunos a aprenderem os conteúdos, vale o esforço de incrementar a aula. Então amigo instrutor, se você ama “em ferro e sangue um Mustang cor de sangue” ou se “existem mil garotas querendo passear” contigo, ainda que “por causa” do carro que você dirige, turbine suas aulas levando letra e música para a sala de aula. 

Boas aulas!

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