Ciclistas devem ter cuidado na compra e manutenção de bicicletas
Altura da pessoa e finalidade da bicleta influenciam na hora de comprar. Manutenção deve ser feita constatemente para evitar acidentes
Comprar uma bicicleta não é tão simples como se pode imaginar. Atualmente, existem muitos modelos diferentes nas lojas: alguns são especiais para pedalar pela cidade; outros, para trilhas ou esportes de aventura. Com o aumento da procura pelo meio de transporte no Recife, é preciso ficar atento aos tamanhos ideais, à demanda necessária e à manutenção das bicicletas.
Após quinze dias de pesquisa e muita procura, o músico Raphael Beltrão encontrou as bicicletas das filhas Valentina e Mariana, que vai fazer aniversário. “Estou levando para a mais nova por causa do aniversário e como a bicicleta da mais velha está muito desgastada, a gente resolveu levar para a mais velha também. O preço deu uma caidinha levando as duas”, contou.
Seja para presentear, ganhar tempo no trânsito ou economizar uma grana, os clientes têm movimentado as lojas de bicicletas. Em uma localizada na Zona Norte do Recife, as vendas só crescem: nos últimos três meses, o aumento foi de 15%. Os preços são bastante variados: por R$ 144, é possível comprar uma infantil, mas o valor pode chegar a R$ 4.700,00. Algumas chegam a custar mais de R$ 38 mil – elas ainda não são vendidas no Brasil.
Os vendedores apontam dois detalhes fundamentais na hora da compra: a finalidade da bicicleta, ou seja, para que você está comprando uma; e a altura do ciclista. “Tenho que saber o que você está querendo: fazer passeio, trilha, longa distância, se quer ir de casa para o trabalho […]. Eu tenho 1,82 m. Para ‘speed’, o tamanho seria 56; para ‘moutainbike’, seria o tamanho 19”, exemplificou o supervisor de vendas de bicicleta Aurélio Júnior.
Apesar de ter prestado atenção em todos os detalhes na hora da compra, o analista de negócios Vicente Bezerra esqueceu-se da manutenção e quase sofreu um acidente. “Tem uma pecinha que fica no pedal que folgou e tive quase um acidente atravessando a Ponte da Torre. Decidi sempre procurar apertar, andar nos conformes, para evitar acidentes por conta de falta de manutenção”, comentou. O empresário no ramo das bicicletas e ciclista Ernando da Costa Borges orienta que o período de manutenção varia de acordo com três grupos: Para quem faz trilha, ela é semanal; para quem faz passeios noturnos ou nos finais de semana, quinze dias; os que usam no dia a dia, 6 meses.
Itens como pneus, câmara, corrente, catraca, freio e suspensão devem ser analisados permanentemente. “Tem gente que não faz e quando traz para a gente está tudo estragado”, disse. Alguns equipamentos de segurança são obrigatórios de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro: campainha, retrovisor do lado esquerdo, refletores luminosos dianteiro, traseiro, laterais e nos pedais.
O código de trânsito também recomenda o uso de equipamentos individuais de segurança para o ciclista: capacete, luvas, cotoveleira, joelheira, óculos, roupas claras e sapatos fechados e sem salto. De acordo com o gerente de educação da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Francisco Irineu, tudo isso só funciona se as leis de trânsito não forem esquecidas. “O ciclista deve respeitar todas as orientações que estão no código, de circulação, de parada, de estacionamento”, disse.
Fonte: G1 Notícias