Ciclistas são mais respeitados em outros países
América do Sul O leitor Keyce Jhones afirmou que Bogotá conta com uma excelente malha cicloviária e Giancarlo Lucena diz que a Argentina também tem uma boa estrutura de ciclofaixas. Denise Naomi Hayashi já pedalou na Costa Rica, onde não havia ciclovias. “Andávamos na estrada juntos com os carros e, por mais que ficássemos no meio fio perto do acostamento, os carros andavam atrás de nós. Um ônibus parou e esperou as bicicletas que vinham na via contrária passar para não correr o risco de derrubar os ciclistas.” América do Norte Carolina Fernandes afirma que na Flórida as ruas têm boas condições e não precisam de ciclovias porque os ciclistas são respeitados. Carlos Zander também viu o respeito aos ciclistas e ciclofaixas nos Estados Unidos, na região de Phoenix, Arizona. “Em Scottsdale, os ônibus têm uma estrutura metálica com mecanismo de gaveta; o motorista desce e coloca a bicicleta ali, para o usuário subir no coletivo.” Mariana Guterman conta que, em São Francisco, as ruas costumam ter ciclovia e, quando não há demarcação no asfalto, os ciclistas se posicionam à direita, ao lado dos carros e ônibus. O “direito de ocupar a via é o mesmo para todos. Para andar de bicicleta é obrigatório o uso do capacete, além de sinalização manual e com lanterna. E se alguém atropela um ciclista, é cadeia e processo na certa.” No entanto, para Priscila Matsuura, pedalar em Chicago é tão perigoso quanto em São Paulo. Já Eduardo Budant mora em Montreal, no Canadá, e usa bicicleta. Ele diz que a cidade tem ciclovias nas ruas principais e os motoristas têm um grande cuidado tanto com ciclistas quanto com pedestres. Europa Amanda Ramalho conta que, em Barcelona, há um ótimo serviço de locação de bicicletas. “Além disso, as pessoas realmente respeitam os ciclistas e há lugar para prender a bicicleta em vários pontos da cidade.” Patrick Damasceno pedalou em Londres por três semanas e observou que os motoristas respeitam bastante os ciclistas, além de haver faixas exclusivas em quase toda a cidade. “O fato do trânsito da cidade ser mão inglesa não atrapalha.” Fernando Cardoso, no entanto, diz que não é bem assim: “Aqui em Londres muita gente vai e volta do trabalho de bicicleta, mas o trânsito também é muito desorganizado. Frequentemente tem matéria no jornal sobre ciclista atropelado. O problema não é só no Brasil.” Sandra De Oliveira diz que o ciclista é respeitado na Noruega. Nas cidades pequenas não há ciclovias, mas os motoristas dão espaço para quem está de bicicleta e dirigem mais devagar. Fábio Monteiro afirma que, na Suécia, as estações de trem têm elevadores para ciclistas entrarem com as bicicletas nos vagões. Maíra Barros pedalou por Nantes, na França, onde ela afirma não haver ciclovias como conhecemos, mas uma linha na margem das vias para ciclistas, além de muito respeito por parte dos motoristas. Artur Carvalhana mora em Lisboa e diz que a cidade é rodeada de ciclovias. “Elas não ficam na calçada, mas quando cruzam com uma rua ou avenida, o ciclista sempre tem prioridade.” Luciane Alberto conta que, na Holanda, a bicicleta tem a preferência sempre, mesmo em relação ao pedestre. “Há ciclofaixas maravilhosas, bem demarcadas e extremamente respeitadas.” Ásia A leitora Ana Carolina Takata, que mora no Japão, afirma que andar de bicicleta faz parte da vida das pessoas no país. “Há estrutura e o povo tem educação. É um meio de transporte de ricos e pobres, velhos e novos.” Tino Nakao, que morou por dez anos no arquipélago, diz que nunca teve nenhum problema ao pedalar por cidades como Tokyo, Nagoya, Toyokawa, Hamamatsu, Okazaki e Hiroshima. “Ciclistas e pedestres são sagrados no Japão e quem tira o carro da garagem já está errado.” Maria Cecilia Espadas Cabral afirma que em Tianjin, na China, há ciclovias por toda a cidade e, nas grandes avenidas, elas são protegidas com muretas e floreiras. “São tão largas que caberiam dois carros lado a lado.” Oceania Márcio Picinini utilizava a bicicleta para ir e voltar do trabalho durante o tempo em que viveu em Sydney. “Lá, o ciclista tem os mesmos direitos e deveres que um veículo motorizado e é respeitado por eles.” Ana Menezes mora em Perth, também na Austrália, onde ela afirma haver ciclovias em todos lugares. “Ciclista tem que ter capacete e luzes na dianteira e central, senão é multado.” Ela diz que, fora do horário de pico, é permitido pegar o trem com a bicicleta, que conta até mesmo com estacionamentos exclusivos. Fonte: Estadão.com