Com quantos pontos se perde a CNH?
Essa é uma dúvida muito comum entre os condutores: com quantos pontos eu perco a minha CNH? O Portal do Trânsito te ajuda a entender direito essa penalidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro.
Primeiro é preciso explicar o que é perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por excesso de pontos. O termo correto nesse caso não seria perder a CNH, mas ter suspenso o direito de dirigir. A suspensão do direito de dirigir é uma penalidade imposta ao condutor aplicada em certos crimes e infrações ou quando for excedido o número máximo admissível de pontos.
Atualmente, quem atingir 20 pontos ou mais na CNH, no período de 12 meses, terá seu direito de dirigir suspenso por 6 meses a 1 ano, e se reincidir no período de um ano, a suspensão será de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à suspensão direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses, e em caso de reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses.
Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que entregar a CNH, cumprir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
Para César Bruns, diretor presidente da Tecnodata Educacional, o Curso de Reciclagem cumpre uma importante missão no resgate da consciência cidadã e do comportamento responsável do condutor.
“Ainda há um longo caminho a ser percorrido na humanização do trânsito brasileiro, afinal, nossos índices de mortes, acidentes e incidentes no trânsito, apesar de terem melhorado nos últimos anos, ainda são muito elevados, quando comparados aos de países mais desenvolvidos. Compreensivelmente, a Reciclagem é vista com antipatia por boa parte dos condutores que a ela são submetidos, mas hoje ela tem uma inegável importância no processo de amadurecimento dos usuários do trânsito”, explica Bruns.
Governo quer mudar esse limite
O Governo Federal já divulgou, através do PL 3267/19 (que pode até ser desmembrado), que pretende aumentar de 20 para 40 pontos o limite de pontos, no período de 12 meses, para suspensão do direito de dirigir.
Para muitos especialistas, essa possibilidade coloca o Brasil na contramão do que os outros países estão fazendo para diminuir a violência no trânsito.
Adriane Picchetto Machado, que é psicóloga especialista em trânsito, diz que o afrouxamento das leis e regulações sobre o trânsito pressupõe uma condição de melhoria, o que não é verdade.
“Alheio ao fato de que tivemos em média 41000 mortos em 2018 em virtude de ‘acidentes’ de trânsito e mais 40000 incapacitados, vem o governo e quer ‘jogar para a plateia’ com esse projeto, que somente busca agradar os anseios populares e estimula a impunidade”, conclui.