Extra, extra! No trânsito, chegar rápido é o que interessa!
Essa expressão que usei no título deste artigo era um jargão muito usado na venda de jornais impressos e indicavam que eram as últimas notícias. Seja para vender, ou mesmo para chamar a atenção dos leitores. Em alusão a essa expressão, também quero chamar a atenção de você leitor, que anda com muita pressa por aí.
Você é do tipo: sai da frente que atrás vem gente? Ou mesmo conhece alguém que é o estilo pé de chumbo? (Daqueles que andam muito rápido com o carro).
Hoje vou falar é da pressa. Essa mesmo, a inimiga da perfeição, aquele que acaba comendo cru, ela que mais atrasa do que adianta.
Um fato interessante e que canso de ver no dia a dia é aquele motorista “apressadinho” que está acima do limite máximo de velocidade e que fica atrás do seu veículo fazendo aquela “pressão” para você liberar a passagem. O jeito é liberar, não é mesmo? Aí ele ultrapassa todo nervoso e, surpresa!!!! Você encontra com ele no semáforo a frente e então, vocês dois, juntos, estão esperando o sinal abrir. Então pergunto, por que a pressa?
Está atrasado? Deveria ter saído mais cedo.
Não consegue trafegar respeitando os limites de velocidade? Lembre-se que maiores velocidades aumentam os índices de acidentes, lesões e fatalidades.
Ignora as placas e os limites de velocidade? Para isso existem as multas.
Trafegar em qualquer via, significa ter bom senso e literalmente encontrar um equilíbrio entre os extremos. Isso porque, transitar em velocidade inferior à metade da velocidade máxima permitida, exceto na faixa da direita ou em condições adversas é uma infração média, com acréscimo de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 85,13, assim como transitar em qualquer via em velocidade até 20% superior à máxima também traz as mesmas consequências.
O fato é que os motoristas precisam a aprender a trafegar no limite da velocidade permitida das vias e, inclusive, os apressados devem se adequar a mudanças cada vez mais rígidas do controle e da fiscalização de velocidade.
Isso porque medidas como por exemplo, em São Paulo, Goiânia e Curitiba, foram adotadas para maior segurança dos envolvidos. Nesses locais, algumas regiões tem a velocidade máxima permitida de 40 km/h, com o objetivo de melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a redução de acidentes e atropelamentos. Em meio a revolta de muitos motoristas, o fato é que de acordo com um estudo da Fundación Mafre “5 km/h a mais, uma vida a menos”, em atropelamentos a 40 km/h, o impacto é fatal para metade dos atropelados, já a 50 km/h, 90% das vítimas tem chances de morrer.
No ano passado, em São Paulo, os acidentes com vítimas nas marginais Tietê e Pinheiros, principais vias expressas da capital paulista, tiveram queda de 36% após a redução da velocidade máxima, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
De acordo com a Publicação Gestão da velocidade: um manual de segurança viária para gestores e profissionais da área, produzida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), existem algumas ferramentas para a gestão da velocidade, como por exemplo:
- Estabelecer zonas e limites de velocidade;
- Mudar o comportamento com a regulamentação e fiscalização da velocidade;
- Educação do público;
- Soluções de engenharia como lombadas e rampas de velocidade.
A publicação completa você encontra aqui.
Por isso, caros motoristas, mais calma, mais paciência e menos velocidade no trânsito. Mais vale chegar bem, do que chegar rápido.
Até a próxima.
*Artigo de Talita Inaba que é jornalista e colaboradora do Portal do Trânsito