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07 de novembro de 2024

Acidentes são principal fator de prejuízo com frotas


Por Mariana Czerwonka Publicado 07/10/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h03
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Acidentes nas rodoviasApesar das precárias condições das estradas brasileiras, falhas humanas ainda são a principal causa

Custos relacionados com acidentes de trânsito totalizaram R$ 21 bilhões em 2012, cifra 12 vezes superior aos prejuízos causados pelo roubo de carga no Brasil, que ficou em R$ 1,7 bilhão no período.   Neste valor estão englobadas as despesas médica e de afastamento de pessoal, da retirada temporária de circulação do veículo e seu conserto, bem como o prejuízo com as mercadorias transportadas.

“Em um país onde 60% da cargas são transportadas no modal rodoviário, os acidentes trazem perdas para as pessoas envolvidas na ocorrência, para a transportadora, seus clientes e para o País como um todo, que vê sua competitividade cair”, afirma Ricardo Albregard, presidente da AGEV – Associação de Gestão de Despesas de Veículos, que reúne empresas responsáveis por 95% desse mercado.   “Quando analisamos a questão pelo aspecto humano, a situação é igualmente grave: o número de mortos em acidentes de trânsito no país cresceu 38,3% no período de 2002 a 2012, de acordo com dados do Mapa da Violência 2014. Mesmo considerando-se o aumento populacional no período, percentual de crescimento ainda impressiona: 24,5%”,  destaca Raphael Rodrigues, diretor da Associação.  Nas rodovias federais, foram 4.230 óbitos em 2012 – um a quase cada duas horas.  O total de acidentes envolvendo ônibus e caminhões foi de 71004, segundo o Atlas da Acidentalidade Volvo.

Apesar das precárias condições das estradas brasileiras, falhas humanas ainda são a principal causa dos acidentes envolvendo transporte de cargas.  Segundo estudo da corretora de seguros MDS, feito com base em 1550 sinistros ocorridos entre novembro de 2012 e outubro de 2013, 67% dos eventos estão relacionados de alguma maneira a falhas humanas e de processos.  Nestes, cerca de 56% dos prejuízos foram originados por conta de tombamento, capotagem e colisão devido a fatores como a velocidade incompatível com o trecho somada à fadiga do motorista, desrespeito às leis de trânsito ou às normas de segurança, distração, imperícia na manobra, falta de qualificação profissional, defeito mecânico e uso de medicamentos. A MDS considerou incidentes em operações logísticas que tiveram acidentes durante trajeto, operação de carga e descarga, transbordo e permanência em entrepostos.

“O fator humano também está entre as principais causas de gastos com manutenção e depreciação das frotas”, lembra Albregard.  “Até 62% dos custos operacionais pode ser influenciados pelo mau uso dos veículos da frota. Entre os principais erros cometidos pelos motoristas estão dirigir com o pé esquerdo apoiado na embreagem, descansar a mão em cima da alavanca do câmbio, ficar parado com o motor ligado e manter o motor em faixa de rotação inadequada”, detalha.  “Por isso, cada vez mais a gestão de despesas com frotas integra os profissionais da área, em treinamentos presenciais e remotos e com sistemas de monitoramento remoto que permitem identificar e corrigir hábitos de direção equivocados”, explica.

Fundada em 2010, a AGEV reúne empresas que, juntas, respondem por 95% do atual mercado de gestão de frotas.  Os produtos oferecidos pelas empresas do segmento proporcionam aos clientes a gestão eficiente de despesas de veículos, por meio de dados imputados em sistemas de gestão, mediante a utilização de meios eletrônicos quando do abastecimento e manutenção em rede de postos de combustíveis, oficinas, centros automotivos, estacionamentos e outros estabelecimentos do segmento automotivo credenciados. Através das soluções oferecidas, os clientes podem gerir suas despesas veiculares, inclusive controlando o tipo de combustível consumido e o desempenho de cada veículo. Tais práticas formam ciclos virtuosos na economia, contribuindo para reduzir a emissão gases efeito estufa, poluentes atmosféricos e acidentes de trânsito, proporcionando maior controle governamental.

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