Carnaval tem queda de 28% no número de mortes em rodovias
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, esse foi o menor número em oito anos
A Polícia Rodoviária Federal registrou no Carnaval deste ano uma queda de 28% no total de mortes, que passaram de 155 no ano passado para 120 este ano em todo o país. Esses números já levam em consideração o aumento da frota de veículos entre 2014 e 2015. De acordo com a PRF, houve 1,89 mortes para cada grupo de um milhão de automóveis em 2014. Em 2015, essa taxa ficou em 1,37. O número de feridos caiu 18%, ficando em 1.786. O de acidentes, 22%, totalizando 2.785. Os dados são do período entre sexta-feira (13) e quarta-feira de cinzas (18).
A PRF informou que, desde 2011, o número de acidentes, feridos e mortos de um ano nas rodovias federais é comparado com a frota de veículos no período. Em 2014, por exemplo, a frota brasileira era de 82 milhões. Em 2015, este número saltou para 87 milhões, um crescimento de 6%.
As colisões frontais foram responsáveis pelo maior número de mortes, apesar de não representarem o principal tipo de acidente. Esse tipo de batida é causado principalmente pela mistura de ultrapassagens forçadas, em locais proibidos, e alta velocidade. “A imprudência ainda ocasiona 85% dos acidentes. Os dois fatores principais são a ultrapassagem e a velocidade. E quando temos esses dois fatores somados, com certeza o acidente é grave”, explicou o coordenador da Operação Rodovida, Stênio Pires.
No ano passado, Bahia, Minas Gerais e Paraná foram responsáveis por 40% das mortes registradas nas estradas durante o carnaval. Este ano, para mudar os índices, houve um reforço no efetivo, e os números caíram. Apesar da melhora, Minas Gerais – que teve redução de 47% nos óbitos com relação à frota – ainda apresentou a maior quantidade de acidentes e mortos em números absolutos. Devido as características de Minas, de ter a maior malha rodoviária federal, uma economia forte e grande frota de veículos, também serve de corredor de transporte para outros estados. Então, muitas pessoas de estados vizinhos utilizam as rodovias de Minas para transitar”, disse Pires.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as causas para a redução foram mudanças na forma como a fiscalização durante o feriado foi feita e o “aperfeiçoamento” da legislação relacionada à condução de veículos com condutores sob efeito de álcool. “Acreditamos que este ano o aperfeiçoamento da fiscalização nas estradas levou a este resultado, que superou, inclusive, as nossas expectativas”, concluiu o Ministro.
Álcool X direção