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12 de novembro de 2024

São Paulo registra mais de 400 mortes de motociclistas em 2012


Por Mariana Czerwonka Publicado 30/07/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h33
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Motociclistas são vítimas do trânsitoJunto com a agilidade das motos vem o risco de acidentes. Motociclistas são os que mais morrem depois dos pedestres no trânsito

Só em 2012, mais de um motociclista morreu por dia nas ruas da cidade de São Paulo: foram 438 mortes. Em todo o estado, as quedas de moto foram responsáveis por mais de 18 mil internações.

Passar apenas uma manhã na ala de ortopedia de um hospital público já é suficiente para descobrir as histórias por trás da frieza dos números. Um levantamento feito pelo Hospital das Clínicas revela que 45% das vítimas de trânsito que passaram pela ortopedia no ano passado eram motociclistas.

O estudo mostra ainda que nos últimos dez anos, aumentou a gravidade dos acidentes. Os pacientes com mais de uma fratura passaram de 26% para 31% do total. Já as fraturas mais complexas, em várias partes do corpo, cresceram 7%.

“Isso é por causa, em geral, da velocidade com que essas pessoas estão se locomovendo no trânsito. Maior energia no acidente, devido a velocidade maior com que as pessoas estão utilizando a motocicleta, obviamente vão acarretar lesões mais graves e múltiplas lesões”, explica Jorge dos Santos Silva, diretor-clínico do Instituto de Ortopedia do HC.

O motofretista Romário Castro do Nascimento já sofreu quatro acidentes. O último deles foi o mais delicado. “Dói mesmo e não tem como. Você grita, você chora, você geme. Se eu tivesse medo, eu tinha parado já de andar de moto. Já é o quarto, eu já tinha parado de andar de moto”.

As lesões mais comuns em quem sofre um acidente de moto são as fraturas na perna e na bacia. “Está muito relacionado com o mecanismo que acontecem as lesões. Por exemplo, as lesões são colisões de moto com automóvel, o membro inferior e o que está mais exposto, obviamente ele vai ser mais atingido numa primeira etapa do acidente, mas normalmente o impacto é na perna. A mesma coisa um atropelamento, um atropelamento a pessoa é atingida nos membros inferiores”, revela Jorge dos Santos Silva.

Foi o que aconteceu com José Antônio do Nascimento. Uma moto que furou o sinal vermelho atingiu o caldereiro quando ele ia para o trabalho. “Só escutei o barulho de um chicote, no ouvido, o cara me jogou uma base de uns cinco metros. Aí quando eu bati a cabeça no asfalto aí me veio na mente “eu sofri um acidente”, aí apagou tudo, eu só vim despertar depois de quatro dias no hospital”.

Depois de quatro cirurgias e oito meses puxados de fisioterapia, ele só deseja uma coisa: “Eu espero voltar a andar, tocar a minha vida e está bom demais”.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse que trabalha pra reduzir o número de acidentes com motociclistas na cidade, e que já houve uma redução de 2011 para 2012.

A CET informou ainda que oferece cursos gratuitos de pilotagem segura para motociclistas e que aumentou a fiscalização para combater o excesso de velocidade das motos.

Fonte: G1 Notícias

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