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27 de julho de 2024

Senado aprova adicional em salário de motoboys por causa do risco


Por Mariana Czerwonka Publicado 02/06/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h11
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Periculosidade para motoboysTexto, que também beneficia mototaxistas e profissionais de motofrete, vai à sanção

O plenário do Senado aprovou, na noite de quarta-feira (28), o pagamento de adicional de periculosidade para motoboys. O projeto segue agora para sanção presidencial.

Pelo texto, os motoboys passam a ter direito a adicional de 30% sobre o salário. Profissionais de mototáxi, motofrete e mesmo quem presta serviço comunitário de rua, como a ronda noturna, também terão direito ao benefício.

O texto aprovado, um substitutivo a projeto do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), acrescenta “atividades de trabalhador em motocicleta” ao artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que trata das atividades que, por sua periculosidade, asseguram ao empregado um adicional sobre o salário.

O projeto original, aprovado no Senado em 2011, foi motivado por relatório do Corpo de Bombeiros de São Paulo que apontou a ocorrência de grande número de acidentes envolvendo motocicletas e veículos similares, com vítimas fatais ou sérias lesões.

Autor do projeto, Crivella lamentou as estatísticas.

— Hoje no Brasil, a cada 20 minutos morre um motoboy, um mototáxi, um carteiro. É como se, ao final do mês, caísse um Boeing 777 no Brasil.

Para o parlamentar, a medida não terá impacto para as contas públicas e as empresas.

— O impacto financeiro é negativo porque o grande gasto hoje é com a saúde por conta dos acidentes.

Estudo recente divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima em R$ 40 bilhões o custo anual dos acidentes do trânsito no Brasil. Segundo o senador, boa parte dessa despesa decorre de acidentes com motociclistas.

Crivella afirmou ainda que a matéria não deve ser vetada pela presidente Dilma Rousseff. Ele disse que o Ministério do Trabalho e Emprego e a Presidência da República se posicionaram favoravelmente ao texto.

Relator da matéria em plenário, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) destacou a “contemporaneidade” da proposta.

— A profissão de motoboy tornou-se atividade de risco em todas as cidades brasileiras, principalmente as grandes cidades. Daí a importância e a grandeza deste projeto.

Fonte: R7 Notícias

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